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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

RECURSOS MINERAIS:O RICO SUBSOLO BRASILEIRO

Recursos Minerais: o rico subsolo brasileiro
      Tendo grande extensão territorial, é natural que o Brasil seja um dos países com maior potencial mineral do mundo, juntamente com a Federação Russa, Estados Unidos, Canadá, China e Austrália. Os principais minérios são: bauxita, cobre, cromo, estanho, ferro, grafita, manganês, níquel, ouro, potássio, rocha fosfática e zinco. De modo geral, a produção mineral tem se ampliado desde o fim dos anos 1990, graças a um aumento dos investimentos externos no setor. Em 1995, uma emenda constitucional removeu as restrições impostas ao capital estrangeiro pela Carta Magna de 1988. Com isso, multinacionais adquiriram o controle de numerosas estatais e associaram-se a muitas empresas nacionais, alimentando com recursos externos a atividade mineradora no país.
Incluindo petróleo e gás natural, a produção da indústria extrativa mineral corresponde a cerca de 1 % do produto interno bruto nacional. Agregando os valores da industrialização das matérias-primas minerais, o setor alcança cerca de 8% do PIB brasileiro. Os gráficos a seguir apresentam a participação dos minerais no total das exportações brasileiras e os valores obtidos com as exportações dos principais metais e suas manufaturas.
De acordo com a Lei Maior, é obrigatória a recomposição de áreas em que a mineração é praticada, qualquer que seja o tipo de minério. Assim, todo rejeito sólido, nãobiodegradável e estranho à biosfera deveria ser soterrado para ficar isolado dos seres vivos e do ecossistema original. Na maioria das vezes, porém, a lei não écumprida e não há fiscalização para evitar a degradação ambiental provocada pela exploração de minérios.

As grandes reservas de ferro

A mineração de ferro é a principal atividade extrativa do país. O Brasil possui a quinta maior reserva do mundo, com um total estimado de 40 a 50 bilhões de toneladas, e é o segundo maior produtor. As maiores reservas estão no Quadrilátero Ferrífero, no estado de Minas Gerais, e na serra dos Carajás, no estado do Pará. Em Minas Gerais, o ferro apresenta altos teores e é explorado por dois sistemas independentes: no Vale do Rio Doce, que exporta pelo porto de Tubarão (Espfrito Santo), e no Vale do Paraopeba, de onde o ferro é levado ao Rio de Janeiro para ser exportado. Na serra dos Carajás, os recursos para a exploração do minério de ferro foram adquiridos no exterior em forma de empréstimos, por meio do projeto Grande Carajás. Obras como a usina hidrelétrica de Tucuruí, a estrada de ferro CarajásSão Luís e o porto Ponta da Madeira, na capital do Maranhão, favorecem a exportação não apenas do ferro mas também do manganês e do alumínio. Cerca de 60% da produção de minério de ferro é exportada para o Japão e países da União Européia. O restante abastece as indústrias siderúrgicas nacionais. No maciço de Urucum, sudoeste do Mato Grosso do Sul, a produção é destinada integralmente para o mercado interno. Os mapas a seguir mostram as principais jazidas de ferro e de outros minerais no Brasil e, especialmente, em Minas Gerais. 

A siderurgia e o carvão

Quanto ao beneficiamento do minério de ferro e à produção de aço, a siderurgia brasileira enfrenta um grave problema: a falta de carvão para aquecer os altosfornos. As reservas brasileiras de carvão são insuficientes, e grande parte das que existem são inadequadas para a siderurgia, pois nosso carvão apresenta impurezas como pirita e cinzas. Além disso, tem baixo teor calorífico.
Embora as maiores reservas estejam no Rio Grande do Sul, o grande produtor nacional é Santa Catarina, certamente por ter as jazidas mais atraentes: carvão de melhor qualidade, em parte coqueificável, e ocorrência perto da superfície, permitindo a exploração a céu aberto. A zona carbonífera catarinense fica no sudeste do estado, incluindo os municípios de Criciúma, Siderópolis, Lauro Müller e Urussanga, e o produto é escoado pelo porto de Imbituba.
Além de ser usado como coque metalúrgico em mistura com carvões importados, o carvão brasileiro é utilizado como fonte energética em usinas termelétricas. Futuramente, ele poderá ser mais bem aproveitado com a instalação de um pólo carboquímico regional, que empregue tecnologias avançadas. Assim, embora algumas usinas utilizem o carvão vegetal na siderurgia e metalurgia, altamente condenável por estimular o desmatamento, a solução preferencial tem sido a importação de carvão mineral. Mesmo com essa dificuldade, a produção brasileira de ferro e aço tem aumentado. O país é auto-suficiente na maior parte dos produtos siderúrgicos, alguns dos quais são também exportados. O grande centro de siderurgia no Brasil é a região Sudeste, pois é onde se concentram grande fonte de matérias-primas e o maior mercado consumidor do país. Aí estão instaladas a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no estado do Rio de Janeiro, as Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), em Minas Gerais, e a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa),no estado de São Paulo. Como vimos, todas privatizadas nos anos 1990.

Manganês: diminuem as reservas

A reserva de manganês do Brasil é a quinta maior do mundo, e o país é o terceiro maior produtor, superado apenas pela África do Sul e pelos membros da Comunidade dos Estados Independentes. As maio'res reservas nacionais estão localizadas no Pará (serra dos Carajás), em Mato Grosso do Sul (maciço de Urucum) e em Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero), mas a Bahia e Mato Grosso também dispõem desse mineral, extremamente importante na fabricação de um tipo de aço utilizado na indústria siderúrgica. Os depósitos de manganês da serra do Navio (Amapá) estão em grande parte exauridos. No lugar da serra, hoje resta praticamente um grande buraco.
Cerca de dois terços da produção brasileira têm sido obtidos no Amapá, onde opera a lcomi, subsidiária da empresa norte-americana Bethlehem Steel Corporation. A empresa recebeu autorização do governo para explorar a jazida da serra do Navio por cinqüenta anos, prazo que se esgota em 2003. Mais da metade das reservas de minério de alto teor já foi explorada na região, restando apenas aquelas localizadas a grandes profundidades, cuja extração requer altos investimentos. Praticamente toda a produção é exportada para os Estados Unidos, razão pela qual a empresa implantou e opera uma ferrovia que liga a jazida até o porto de Santana.
O abastecimento do mercado interno é feito principalmente pelas jazidas de Minas Gerais, que fornecem manganês para as siderúrgicas instaladas na região Sudeste. Na serra dos Carajás, a produção é destinada hoje ao mercado externo, mas há projetos para o abastecimento também do mercado nacional. No maciço de Urucum, a reserva de manganês é considerável, mas a produção é pequena e visa ao mercado externo, em especial a Argentina e o Paraguai, para onde o minério é levado pelo rio paraguai, depois de embarcado no porto de Corumbá.

Cassiterita: O país é o segundo maior produtor mundial

O Brasil possui cerca de 7% das reservas mundiais de cassiterita, o único minério comercializável de estanho, utilizado na confecção de latas para acondicionar alimentos e bebidas. O metal é aproveitado internamente e exportado. Há reservas no Pará, Amazonas, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, mas as maiores estão localizadas em Rondónia, que também é o grande produtor brasileiro. Na produção, o país ocupa o segundo lugar, superado apenas pela Malásia, e tem pólos importantes

Bauxita: produção e rejeitos

O Brasil detém aproximadamente 20% das reservas mundiais conhecidas de bauxita, o principal minério de alumínio das jazidas do país. Ocupa o terceiro lugar em reservas, superado apenas pela Austrália e pela Guiné; é o segundo em produção. A maior parte das reservas, com teor médio de 45%, está localizada no Pará, principalmente nas jazidas próximas ao rio Trombetas, em Oríximiná, onde a extração mineral e o beneficiamento são realizados pela Companhia Vale do Rio Doce, Parte do mineral extraído é primeiro beneficiada no Brasil e, só depois exportada, Para isso, a Vale associou-se a outras empresas, como a Alcan, de capital canadense, uma das multinacionais que lideram o monopólio mundial de alumínio, O grande consumo de energia elétrica envolvido no processo produtivo motivou a construção da usina hidrelétrica de Tucuruí, que fornece energia a preços reduzidos, graças a subsídio do governo federal.
Um grave problema relacionado ao beneficiamento da bauxita é a poluição ambiental. Todo ano, 3,5 milhões de toneladas de rejeitos são despejadas no lago da Batata, que hoje tem um material altamente poluído sedimentado em 20% de sua extensão.
As reservas de bauxita no estado do Pará destinamse à exportação, e as reservas localizadas no estado de Minas Gerais, no município de Poços de Caldas, abastecem as indústrias nacionais.

Níquel com baixo rendimento

o Brasil tem a terceira maior reserva mundial de níquel, correspondendo a 5% das jazidas conhecidas. Desse total, cerca de 80% estão concentrados em Goiás, no município apropriadamente denominado Niquelândia, que é também o grande produtor nacional. Piauí e Minas Gerais possuem reservas, embora apenas Minas Gerais tenha uma produção de destaque. Como o teor médio de níquel no minério não passa de 3 a 4%, o beneficiamento é realizado na boca da mina, pois o custo do transporte encarece muito o produto, Esse fato impede o pleno desenvolvimento da produção, que, por isso, não satisfaz integralmente a necessidade do país, embora tenha crescido nos últimos anos.

Ouro brilha em Carajás

As maiores reservas mundiais de ouro estão na África do Sul e no Usbequistão, mas o Brasil ainda tem boas reservas em diversos estados, principalmente em Minas Gerais, Goiás, Bahia, Rondónia, Mato Grosso e Pará, Minas Gerais é o produtor tradicional e estável, onde a exploração é feita de modo empresarial, com técnicas modernas e administradas pela Anglo-Americana, empresa da África do Sul. Nos demais estados, ao contrário, tem predominado a exploração cíclica ou migratória, Assim que uma jazida é descoberta, centenas ou até milhares de pessoas dirigem-se para lá e empregam-se em mineradoras ou trabalham como garimpeiros independentes, Esgotada a jazida, desfaz-se a comunidade formada em torno dela - comerciantes de ouro, restaurantes, casas de prostituição -, e os exploradores voltam à sua terra de origem ou partem em busca de novas jazidas.
A exploração do ouro é realizada de maneira rudimentar pelos garimpeiros, sem cuidados com o ambiente e com a própria saúde, Para separar o ouro da rocha, utilizam o mercúrio, metal altamente prejudicial por se acumular no organismo e causar mutações genéticas. Primeiro, o garimpeiro lança o mercúrio na lama recolhida do fundo do rio, para que ele se fixe na rocha que contém ouro. Depois, aquece o bloco para dissolver o mercúrio, que, ao derreter, retira os resíduos de rocha, deixando o minério puro. A poluição, portanto, ocorre em vários momentos: no rio, contaminando os peixes; no solo e no ar, em forma de vapores que o garimpeiro aspira. Essa técnica é utilizada até mesmo pelos índios da reserva Kaiapó, que tem muitos garimpeiros entre os seus 1 500 habitantes.
Estima-se que a cada ano os 350 mil garimpeiros que operam na Amazônia despejem mais de 200 toneladas de mercúrio no ambiente.
É impossível calcular a real produção de ouro do Brasil, pois grande parte é desviada para o mercado paralelo ou contrabandeada para o exterior.
A última grande descoberta de ouro no país ocorreu em janeiro de 1996, na chamada serra do Leste, junto à serra dos Carajás, onde se estima que haja um total de 150 toneladas. A mina foi encontrada pela Companhia Vale do Rio Doce, mas deve ser explorada em associação com empresas estrangeiras.
Outra megamineradora
Em 1995, quatro empresas de mineração se fundiram, formando o segundo maior conglomerado do setor no país, A Paranapanema, a Caraíba Metais e a Paraibuna foram compradas pelos fundos de pensão, liderados pela Previ, dos funcionários do Banco do Brasil. A elas a Previ associou a Eluma, que já era de sua propriedade. O conglomerado, que passou a explorar reservas de estanho, cobre e zinco do país, é superado apenas pela Companhia Vale do Rio Doce, A iniciativa é um exemplo do poder económico dos fundos de pensão, empresas previdenciárias que recebem contribuições do empresariado e dos funcionários e, em troca, oferecem benefícios como complementação de aposentadoria e empréstimos pessoais. Para isso, multiplicam seu capital investindo no setor produtivo do país.

Cobre: aumento de produção

Embora o Brasil possua muitas reservas de cobre, a produção era insuficiente e o país tinha de importar o metal em virtude do baixo teor de metal contido no minério - 1,5% em média. As maiores reservas brasileiras estão no Pará, em Goiás e na Bahia, que tem sido o maior produtor nacional. No Pará, a jazida de Salobro é a maior do país. A Companhia Vale do Rio Doce, associada a uma empresa do grupo Anglo-Americano, começou a explorar o cobre em 1996, o que resultou em produção superior às necessidades nacionais.

Sal das minas e do mar

Mineral não-metálico, o sal é usado na indústria química, na pecuária, na alimentação humana e para vários fins industriais. Na Bahia e em Alagoas, o sal é extraído de depósitos minerais (o chamado sal-gema), mas é o sal marinho que corresponde à maior parte da produção nacional. O Rio Grande do Norte participa com mais de 80% da produção, com suas salinas de Areia Branca, Mossoró e Macau. A concentração de sal nessa região do país deve-se a condições favoráveis, como o domínio de um clima quente e seco durante a maior parte do ano, favorecendo a evaporação e a ação dos ventos alísios, que, soprando para oeste, reduzem a ocorrência de chuvas. No Rio de Janeiro, a extração é feita por processos naturais em Macaé e São Pedro da Aldeia, entre outros municípios (foto abaixo). O método é rudimentar.
Constroem-se valas onde o movimento das águas deposita a água com sal, que fica a céu aberto e evapora, deixando apenas o sal acumulado. O transporte do produto final é realizado em carrinhos de madeira construidos pelos próprios trabalhadores das salinas. As condições de trabalho são péssimas. Além de receberem por produção, os trabalhadores só são contratados no período de safra, pois na época das chuvas a atividade é interrompida. E não há qualquer proteção contra os efeitos nocivos da exposição direta ao sol e do contato constante com o sal, que provocam danos na pele e nos olhos. Apesar de já ter sido denunciado, principalmente no Rio Grande do Norte a atividade persiste com a exploração do trabalho infantil.

2 comentários:

  1. descobri seu blog quando à procura do dono do nosso subsolo. aprendi no ginásio, há sessenta anos, que o subsolo é da nação, isto é, onde quer que se encontrasse riqueza, esta seria da nação e os recursos dos cofres dela. portanto, agora com a briga de "o petróleo é meu", como fica essa situação. o subsolo já não é de todos nós mais? pode explicar essa dúvida?

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