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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ACRE É O ESTADO QUE MAIS REDUZIU NÚMERO DE QUEIMADAS NA AMAZÔNIA


Acre é o estado que mais reduziu número de queimadas na Amazônia




No ano de 2002, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deu início à publicação dos indicadores de desenvolvimento sustentável. Estes indicadores são divididos em 55 subtemas que vão de reciclagem de alumínio até o total bruto e líquido das emissões de poluentes na atmosfera. Sendo que sempre chamam bastante atenção os indicadores de desmatamento e queima das florestas brasileiras, com destaque para a Amazônia.



Os últimos dados foram divulgados nesta quarta-feira, 01 de setembro, e trazem uma especial referência ao estado do Acre, que reduziu o índice de queimadas e incêndios florestais em 93% entre 2007 e 2009, e fica em primeiro lugar neste item em todo o país. A média de redução no Brasil foi de 63%. O segundo estado na lista dos que mais reduziram as queimadas é Roraima (85%), seguido por Rondônia (84%). Por outro lado, os estados onde mais cresceram o número de focos de calor foram Sergipe (121%), Paraíba (56%) e Alagoas (41% de acréscimo).



O resultado positivo conquistado pelo Acre é resultado de uma série contínua de esforços para promover o desenvolvimento sustentável. São investimentos altos em criação de alternativa para os produtores rurais, sejam pequenos, médios ou grandes. Além da criação de políticas públicas que garantem a continuidade das melhorias. O maior exemplo desta onda de mudanças culturais e de valores é o sucesso da Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal adotada no Governo de Binho Marques. Ela transformou agricultores, extrativistas, ribeirinhos e toda população que vive intimamente com a natureza em parceiros do governo na delicada tarefa de mostrar para os acreanos e para todo o mundo o valor da floresta viva.



Com investimento pesado, assistência técnica de qualidade e particularização do atendimento, qualidade adquirida a partir do Zoneamento Ecológico Econômico, já é possível identificar comunidades, polos e regiões inteiras onde os produtores trocaram o uso do fogo pelas leguminosas. A Zona de Atendimento Prioritário da BR-364, entre os municípios de Manoel Urbano e Tarauacá era uma região que ficava isolada do mundo durante metade do ano, mas agora conta com atendimento especializado e presença do governo de inverno a verão.



Desmatamento cresce 3,79%

Dos 485.07 quilômetros quadrados de floresta derrubada na região em julho, 4.48 quilômetros quadrados foram mapeados no Acre pelo sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais).



Comparando com junho que registrou 0,69%, o desmatamento teve um crescimento de 3,79%. Comparando o mesmo período do ano passado, o aumento é de 64,96%, pois o Acre registrou 2.91% de floresta desmatada em julho do ano passado.



Entre os Estados que compõem a Amazônia Legal, segundo o Inpe, a maior incidência de áreas desmatadas ou em processo de degradação progressiva foi verificada no Pará, com 237.88 quilômetros quadrados de floresta perdida, seguido do Mato Grosso, 102.24, Amazonas, 46.88, Acre e Tocantins, 1.62.



Considerando o total desmatado neste ano, o Acre já perdeu 5.18 quilômetros quadrados de floresta. Mas essa área pode ser muito maior, já que os satélite Deter no Inpe não consegue mensurar áreas encobertas por nuvens. Mês passado, 18% do Estado estava encoberto por nuvens. (Ana Paula Batalha)

Desmatamento em julho por Estado

Acre .............................4.48 km²

Amazonas ......................46,88 km²

Maranhão .......................22,1 km²

Mato Grosso ..................102,24 km²

Pará ...............................237,88 km²

Rondônia .......................69,96 km²

Tocantins .......................1,62 km²

O combate ao fogo

Além do investimento na produção sustentável, o Acre também investe na fiscalização e no controle das queimadas. O uso das tecnologias mais avançadas e as parcerias com várias instituições e a comunidade faz toda diferença. Técnicos e representantes de órgãos ambientais de vários estados brasileiros visitam o Acre para conhecer as tecnologias desenvolvidas, como o Sistema Estadual de Informações Ambientais-SEIAM.



As imagens de satélites e aéreas varrem todo o estado, mapeando focos de calor e mudanças na cobertura florestal, os desmates. Essas informações são comparadas com dados de anos anteriores e com a base fundiária. Assim se descobre exatamente quanto cada propriedade perdeu de floresta por ano, e quem é o responsável.



A sensibilidade do poder executivo para a questão também ajuda. Este ano o governador do Acre, Binho Marques, decretou estado de alerta, colocando todas as secretarias que poderiam ajudar a disposição para evitar um desastre ambiental. Foi criada uma sala de situação que monitora as condições climáticas e as imagens de satélites 24 horas por dia. E várias equipes de fiscais e parceiros percorrem o estado por terra e por ar.



O combate ao fogo sensibiliza profundamente a população, que organizou passeatas nas ruas do centro da capital para protestar contra as queimadas. E várias instituições se articulam para combater o fogo e a própria ideia da queimada. Entre elas, a Secretaria e Meio Ambiente, Instituto de Meio Ambiente, Secretaria de Saúde, IBAMA, Exército, polícia Militar e Federal, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Ministério Público Estadual e Federal, e todas as prefeituras municipais do Acre, entre várias outras parcerias, inclusive entidades civis organizadas, como sindicatos de produtores rurais, seringueiros, escolas e moradores das cidades.

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