
SÃO PAULO – O aquecimento global e o desmatamento farão com que apenas entre 18% e 45% dos animais e plantas das florestas tropicais do mundo existam em 2100.
Isso significa que, entre 82% e 55% da biodiversidade nesses ecossistemas está ameaçada.
Esta é a conclusão de um estudo liderado por Greg Asner, do Carnegie Institution publicado na Conservation Letters.
As florestas tropicais abrigam mais da metade de todas as espécies de plantas e animais da Terra. Os efeitos da mudança climática e desmatamento podem forçá-los a se adaptar, mudar ou morrer.
Combinando imagens de satélite e dados de alta resolução com projeções de 16 modelos diferentes, os pesquisadores testaram cenários de como as espécies poderiam se redistribuir em 2100.Nas Américas do Sul e Central, as mudanças poderiam alterar até dois terços da biodiversidade das florestas. A Bacia Amazônica, sozinha, poderia ter mudanças na biodiversidade em 80% de sua área.
Na área de Congo, a maioria das mudanças afetaria negativamente entre 35% e 74% das espécies; em escala continental, 70% da biodiversidade das florestas tropicais da África seria afetada.
Na Ásia e nas ilhas centrais e do sul do Pacífico, a previsão é de que entre 60% e 77% da área está sujeita a perdas de biodiversidade.
Estudos como esse ajudam os pesquisadores a manter o ecossistema, direcionando esforços para as áreas nas quais a situação pode ser pior.
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