Angola está representada por uma delegação chefiada pelo ministro dos Petróleos
A capital dos Estados Unidos acolhe, desde ontem, a Cimeira 2010 sobre Energia, na qual Angola está representada por uma delegação governamental chefiada pelo ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos.
O encontro decorre sob o lema "Protecção das Necessidades Energéticas Mundiais através de uma Combinação de Combustíveis Tradicionais e Alternativos".
A cimeira, que tem o objectivo de examinar a ligação entre as políticas energéticas, recursos e tecnologias, numa perspectiva global, centra-se na necessidade de interligação entre as energias renováveis, no balanço do suporte para as fontes tradicionais e no encorajamento das fontes energéticas alternativas.
Em análise estão também vários outros temas, com realce para o papel crescente de África na segurança energética global, o uso da energia nuclear para fins pacíficos e equilíbrio entre as diferentes fontes de energia.
Indústria energética global
Além disso, a agenda contempla, ainda, a abordagem de temas relacionados com as redes de distribuição e a interligação entre a indústria energética global e as companhias norte-americanas do ramo.
Botelho de Vasconcelos, acompanhado de Josefina Pitra Diakité, embaixadora de Angola nos Estados Unidos, participou, na quarta-feira, à noite, numa cerimónia de boas-vindas organizado pela Câmara de Comércio EUA/Angola.
Estiveram presentes na cerimónia elementos do Departamento norte-americano de Estado, o presidente da companhia petrolífera Chevron para África e América Latina (CALAEP), Ali Moshiri, o representante da Exxon Móbil e membros da Câmara de Comércio Estados Unidos/Angola, além de homens de negócios do sector petrolífero norte-americano e diplomatas angolanos naquele país.
“Para o Governo angolano, é muito importante a diversificação da nossa economia. É do conhecimento de todos os presentes que o sector dos petróleos tem uma grande participação das empresas americanas. Acredito que este exercício de reflexão vai reforçar a cooperação já existente entre os nossos países”, disse o ministro angolano.
O presidente da Chevron para a África e América Latina, ao dar as boas-vindas, referiu-se aos progressos que Angola tem feito no sector petrolífero, salientando-se que o projecto de gás LNG, que está a ser implementado, é a maior infra-estrutura em África.
"Acredito que, dentro de cinco a dez anos, Angola será uma das mais potentes economias em África", frisou.
O ministro angolano dos Petróleos discursou, ontem, na Cimeira sobre Energia no painel sobre "O Papel Crescente de África na Segurança Energética Global".
A delegação angolana, chefiada pelo ministro dos Petróleos, é constrituída por Mateus Morais de Brito, administrador da Sonangol EP, António Órfão, presidente da Comissão Executiva da Sonarec, Paulo Gouveia Júnior, presidente da Comissão Executiva da Sonagás, Adérita Francisca da Silva Pascoal, directora ajunta do gabinete do ministro dos Petróleos e Alfredo Joaquim Rafael, chefe de Departamento do Ministério do sector.
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