Por Hayrton Rodrigues do Prado Filho
Muitos cientistas contestam o problema da mudança climática, que poderia estar ocorrendo na Terra com o aumento do uso dos combustíveis fósseis que lançam na atmosfera os gases do efeito estufa. Tudo bem! Mas o que eles não podem contestar é a poluição de rios e mares, que vem afetando de maneira drástica a quantidade de água potável no Planeta. A partir desta visão, o desenvolvimento sustentável não é um estado permanente de equilíbrio, mas sim de mudanças quanto ao acesso aos recursos e quanto à distribuição de custos e benefícios. Na sua essência, "é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e às aspirações humanas".
O argumento central desenvolvido pelos economistas a favor da sustentabilidade gira em torno da noção de eficiência no uso dos recursos do planeta. A alocação eficiente de recursos naturais, respeitando ao mesmo tempo as preferências dos indivíduos, seria mais bem executada em um cenário institucional de mercado competitivo. As possíveis distorções desse mercado poderiam ser corrigidas pela internalização de custos ambientais e/ou eventuais reformas fiscais, coletando-se mais taxas e tributos dos responsáveis pelos processos poluentes. A sustentabilidade seria alcançada pela implementação da racionalidade econômica em escala local, nacional e planetária.
Mas, para alcançar uma redução nos níveis globais do consumo per capita, controles severos são recomendados, para serem impostos por uma autoridade internacional um tanto abstrata. O grito por "limites de crescimento" também tem conseqüências sociais e éticas tendo em vista as disparidades regionais e internacionais. Por outro lado, o paradigma convencional, insistindo sobre a prioridade de "primeiro fazer o bolo", prometendo sua distribuição em futuro remoto, nunca resultou em relações sociais eqüitativas e sustentadas.
A premissa dos sociólogos de que os pobres são as principais vítimas da degradação ambiental é subjacente à ligação entre eqüidade e sustentabilidade. Presumindo que as raízes da degradação ambiental são também responsáveis pela iniqüidade social, este discurso postula a inseparabilidade analítica entre ecologia e justiça em um mundo caracterizado por fragmentação social, apesar de seus problemas ambientais comuns. A pressão sobre os recursos naturais tem que ser relacionada a práticas de distribuição injustas, dependência financeira e falta de controle sobre tecnologia, comércio e fluxos de investimentos.
As organizações em todos os níveis estão cada vez mais preocupadas com a qualidade ambiental e vêm buscando alternativas tecnológicas mais limpas e matérias-primas menos tóxicas, a fim de reduzir o impacto e a degradação ambientais. O ritmo é lento? É, porém a conscientização da sociedade e a legislação ambiental têm induzido às empresas a uma relação mais sustentável com o meio ambiente. Não há mais lugar para apenas se obter lucro às custas do comprometimento do meio ambiente.
SOBRE O AUTOR
HAYRTON RODRIGUES DO PRADO FILHO
Estudou geologia na USP
É formado em Jornalismo pela Faculdade Casper Libero
Especializou-se nas áreas de Qualidade, Planejamento, Custos, Produtividade e Responsabilidade Social
Colaborador de diferentes publicações no Brasil e no exterior
Pesquisador de jornalismo eletrônico e editor do JORNAL DIGITAL BANAS QUALIDADE (uma nova mídia)
Diretor editorial e de internet das revistas BANAS QUALIDADE e METROLOGIA & INSTRUMENTAÇÃO
hayrton.prado@epse.com.br
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