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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

BLOG PLANETA ÁGUA /CRISE DA ÁGUA

RJ pode esgotar reserva do Paraíba do Sul até agostoRedação / VEJA.com - 05/02/2015 às 11:49

Rio-Paraiba-Baixo-RA-2
Um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirma que a manutenção da vazão mínima de 145.000 litros por segundo na Estação Santa Cecília, em Barra do Piraí (RJ), onde a água do Paraíba do Sul é desviada para abastecer o Rio de Janeiro, vai provocar o esgotamento do volume morto do sistema antes do fim de agosto, se a seca na região for igual a de 2014. O órgão, responsável por controlar reservatórios que servem para a geração de energia no país, defende a redução da vazão para 110.000 l/s.
Há quatro dias, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que uma eventual redução para 110.000 litros por segundo, que já foi cogitada pela Agência Nacional de Águas (ANA), que regula os mananciais federais, representava “risco para o abastecimento” do Estado. Em Barra do Piraí é feita a transposição de dois terços das águas do Rio Paraíba para o Rio Guandu, que abastece cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio.
Na segunda-feira, a ANA decidiu prorrogar até dia 28 a vazão mínima de 140.000 litros por segundo na Estação de Santa Cecília. Mesmo assim, a vazão poderá ser alterada em reunião no ONS com a ANA, autoridades fluminenses e comitê de bacia. “Vamos fazer uma avaliação com simulações e dados levantados nos últimos dias. A princípio, deverá ser proposta uma pequena redução da vazão para preservar os estoques. Estamos hoje 25% abaixo do pior cenário já registrado, em janeiro de 1953″, disse o diretor executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Guandu, Julio Cesar Oliveira Antunes.
Em seu relatório, o ONS destacou que a vazão natural média afluente à Santa Cecília em janeiro correspondeu a apenas 25% da média histórica, em 82 anos de registros. A severa estiagem fez o volume útil da Represa Paraibuna, a maior do sistema, se esgotar no dia 21 do mês passado, e da Represa Santa Branca, no dia 25, sendo necessário captar água do volume morto. Na terça-feira esses dois reservatórios operavam com – 0,5% e – 3,1% da capacidade normal, respectivamente.
O Operador fez três diferentes simulações, conforme cenários de vazões afluentes iguais ou piores que a do ano passado. Se a seca mantiver o ritmo de janeiro, afirma, seria preciso reduzir a vazão em Santa Cecília para 80.000 litros por segundo para não esgotar o volume morto dos três reservatórios.
A necessidade de reduzir a vazão para preservar estoques foi apontada por técnicos em reunião com Pezão e a presidente Dilma Rousseff na quarta-feira da semana passada, disse o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa. A ANA, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, informou que vem reduzindo as vazões em Santa Cecília “de forma periódica e paulatina desde maio de 2014, por causa do atual período hidrológico, caracterizado por vazões abaixo da média histórica, considerando a série de registros desde 1930″. A última redução foi autorizada em dezembro e valia até 31 de janeiro: de 160.000 litros para 140.000 litros por segundo. Antes da crise, era de 190 mil litros por segundo.
Na semana passada, o coordenador do Instituto de Mudanças Globais da Coppe/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcos Freitas, afirmou que, se não chover o suficiente para encher parte dos reservatórios e for mantida a vazão de 140.000 litros por segundo, os 3 trilhões de litros acumulados nas reservas das quatro represas só durariam até outubro.
DESSALINIZAÇÃO
Pezão reuniu-se na terça-feira com o secretário do Ambiente e o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Jorge Briard, para discutir alternativas, como projetos de dessalinização da água do mar.
Foto: Antonio Leudo/ Prefeitura de Campos
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Comentários
05/02/2015 às 22:38Sebastião Farias - diz:
Parabéns ao Planeta Água por essa importante e oportuna matéria, alertando as autoridades do Brasil, para agir e rápido, para corrigir o que está errado, no trato com a natureza, para garantir às gerações atuais e futuras, a água que precisamos.
Isso tudo, não pode ser visto, apenas, sob a ótica da catástrofe definitiva e sim, como um alerta da natureza e uma lição a ser aprendida ao pé da letra, pois o culpado não é a natureza mas, o nosso egoísmo, nossa desumanidade e ganância, nossa irresponsabilidade e o descaso das autoridades competentes, que não têm o compromisso de agirem proativamente, nesses casos, não só inibindo os desmatamentos com os meios legais que dispõem mas, principalmente, aportando os recursos financeiros necessários, à recuperação e ao reflorestamento das áreas prejudicadas mas, coletoras, produtoras, armazenadoras e alimentadoras dos aquíferos, lençóis freáticos e mananciais de água..
Essa situação de falta d’água nos Estados da Região Sudeste, especialmente, no Estado de São Paulo, Estado mais rico do país, dotado de uma oferta hídrica natural boa, de invejável poder tecnológico e de recursos humanos afins ao setor hídrico, nos deixa surpreso e curioso, principalmente, pela imprevidência e falta de visão de futuro dos governos estadual e municipais, em não se preparem, investindo antecipadamente, na construção de obras necessárias, para armazenamento de água e abastecimento de suas populações, nos períodos de escassez de chuvas, expondo com isso, flagrante falta de compromisso dessas autoridades com a segurança e o bem-estar do povo que governam e representam. No entanto, nem tudo está perdido, pois é preciso que tais autoridades (federais, estaduais e municipais), tenham humildade e atendam o alerta e apelo da natureza que está, por enquanto, dizendo: “olhem de bem alto e, vejam o que vocês estão fazendo com suas APPs, as nascentes de seus rios e mananciais; com suas florestas nativas em planaltos, serras, morros e coxilhas, montanhas, tabuleiros, etc, pois são eles, os coletores naturais de água da chuva e alimentadores dos aquíferos, das nascentes e mananciais que irrigam as bacias hidrográficas de vossas Unidades Federadas. Da mesma forma, vejam o seu solo e toda a sua biodiversidade.”
É nosso entendimento, que à luz de tudo que aconteceu até aqui em São Paulo, e já exige atenção também, principalmente, dos Estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Espírito Santo, da Bahia e dos Estados da Região Centro-Oeste, Nordeste, etc, que possuem áreas acidentadas e onde nascem muitos dos rios de nosso país, que o Governo Federal atente, para a necessidade urgente, de instituir um Plano Nacional Integrado de Reavivamento, Recuperação e Proteçãos das nascentes, rios, aquíferos e mananciais, prioritariamente, na Amazônia e nessas regiões citadas acima, e posteriormente, nas demais, para garantias futuras de que essas deficiências de água, não mais aconteçam no país.
Para isso sugerimos :
i) Que seja elaborado um diagnóstico completo das bacias hidrográficas e da situação de fragilidade de cada um dos seus rios, nos Estados dessas regiões, município por município;
ii) Da sua análise, que se construam um Plano Estratégico de Ação Emergencial, que leve em conta: A- Proteção Integrada (União, Estado e Municípios), Recuperação e reflorestamento de APPs e nascentes; B- Ídem para a Recuperação da vegetação ciliar, Reflorestamento da faixa legal de vizinhança de terra firma dos rios, igarapés, regatos, ribeirões, lagos, etc, de cada bacia e APPs; C- Que seja priorizado a dragagem das áreas açoreadas e necessárias ; D- Que se priorize a construção de Represas nos municípios que demandam esse tipo de obra, para armazenamento e abastecimento d’água, à população e que essas represas tenha os mesmos benefícios legais que as APPs; E- Que se comecem a trabalhar imediatamente, e; F- Que se exija daqui para a frente, ação proativa de fiscalização periódica competente dos Poderes Legislativos estadual e municipais, como é sua obrigação, das obras a serem construídas nessas Unidades, de modo que atestem a conformidade legal orçamentária e técnica das obras, além de começarem a atestar a qualidade e funcionalidade das obras concluídas, antes de serem entregues para uso público;
III) Que o MAPA com os Estados dessas regiões, analisem a possibilidade de readequar e disciplinar os sistemas de produção agrosilvpastoris dessas regiões, de modo a harmonizá-los com o atual Código Florestal vigente;
IV) Que o Ministério das Cidades, o Ministério do Meio-Ambiente, os Estados e municípios dessa regiões, analisem a possibilidade de instituírem um Programa Nacional de Recuperação, Saneamento e Parqueamento dos rios, igarapés e ribeirões no âmbito das cidades,, visando favorecer a circulação normal das águas, evitar alagamentos e mitigar-se a habitação inadequada nas margens legais desses cursos d’água e doenças decorrentes de sua poluição.
São as nossas sugestões e contribuições.
Engº Agrº Sebastião F. Farias – PVH/RO

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