Avanço gradual
Durante os 8.500 anos que se seguiram, a agricultura evoluiu de forma relativamente lenta. Por tentativa e erro, agricultores de todo o mundo começaram a produzir plantas de melhor qualidade.
Eles naturalmente observaram que nem todas as plantas de uma espécie eram as mesmas. Algumas ficavam maiores, tinham melhor sabor ou eram mais fáceis de serem moídas e transformadas em farinha. Eles simplesmente começaram a guardar as sementes das melhores plantas e semeá-las para a colheita do próximo ano.
Ao longo de centenas de gerações, esse processo levou à transformação de plantas selvagens em grãos e vegetais maiores e mais saborosos, como os que conhecemos hoje.
Durante as Idades do Bronze e do Ferro, ferramentas de pedra e madeira foram substituídas por ferramentas de metal, mais fortes e mais eficientes. No entanto, a agricultura continuou a ser um trabalho que consumia tempo e mão de obra e envolvia quase 80% da população mundial.
A revolução agrícola
De 800 a 1400 D.C., as ferramentas agrícolas permaneceram essencialmente inalteradas. Os primeiros colonizadores da América do Norte usavam arados que não eram diferentes nem melhores que os arados usados durante o Império Romano.
Então, de repente, durante os séculos 18 e 19, a inovação agrícola explodiu. O desenho do arado foi aperfeiçoado e um inglês chamado Jethro Tull inventou a primeira semeadeira mecânica do mundo, um equipamento que permitia plantar as sementes rapidamente de maneira organizada em linhas retas. Uma colheitadeira puxada por cavalos, como a ceifadeira de Cyrus McCormick, veio logo em seguida.
Os agricultores agora poderiam plantar e colher em uma fração do tempo que costumavam levar. A produtividade agrícola disparou.
Industrialização
Durante o século 20, máquinas a gasolina começaram a substituir os equipamentos tradicionais, de tração animal. Isto, combinado com os avanços em tecnologia de fertilizantes e pesticidas, após a Segunda Guerra Mundial, permitiu que a produtividade agrícola desse mais um salto à frente.
As novas eficiências tecnológicas significavam que os agricultores podiam manejar mais terras. Com o tempo, isso levou a um número menor de fazendas, e de maior porte. Para os países desenvolvidos, isso também levou a uma mudança na força de trabalho. Nos Estados Unidos, por exemplo, a porcentagem da força de trabalho envolvida na agricultura caiu de 40% (em 1900), para apenas 2% (em 2000).
Como um menor número de pessoas vivia nas fazendas, tornou-se mais fácil esquecer como as culturas foram cultivadas, processadas e transportadas. Nos países mais desenvolvidos, pelo menos, a comida tornou-se uma mercadoria disponível, a preços acessíveis, vinda de "outro lugar."
Pós-industrialização
Entre 1900 e 2012, a população mundial cresceu de 1,6 bilhões para mais de 7 bilhões. No ano 1700, apenas 7% da superfície da terra era utilizada para a agricultura. Hoje em dia esta área soma mais de 40%. E apenas uma parte restante da terra é atualmente adequada para o cultivo.
Claramente, a agricultura encontra-se em uma encruzilhada. O mundo precisa produzir mais alimentos do que nunca, conservando os recursos limitados que temos disponíveis. Até onde chegaremos a partir daqui exigirá o talento e a cooperação dos agricultores, empresas, governos, universidades e dos cidadãos.
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