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domingo, 20 de março de 2016

CONFLITOS MUNDIAIS RECENTES

Conflitos Mundiais Recentes

O processo de paz no Oriente Médio é paralisado em outubro de 2000, e a violência entre palestinos e o Exército israelense intensifica-se (Questão Palestina). Já na península coreana, as duas Coréias estão prestes a iniciar uma guerra nuclear.
A multiplicação dos conflitos internos é uma característica marcante da última década do século XX. A desintegração de Estados socialistas – principalmente a União Soviética (URSS) e a Iugoslávia – faz renascer rivalidades étnicas e religiosas que haviam sido congeladas por regimes totalitários.
Confrontos herdados da Guerra Fria, como a guerra civil em Angola, também resistem à passagem do milênio. A Federação Russa, que disputava a hegemonia mundial com os norte-americanos, atravessou os últimos anos mergulhada em uma grave crise interna. Já os Estados Unidos têm sua capacidade de intervenção militar nas zonas de conflitos aumentada, por causa da ausência de rivais geopolíticos de porte.
Conflitos mundiais recentes:

Tipos de Conflito

Guerra entre Estados – Embate entre exércitos nacionais regulares. Até o final de 2000, o mais sério deles é a disputa entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares, pela posse da região da Caxemira. Vários países do centro e do sul da África também intervêm na guerra civil em curso na República Democrática do Congo (RDC).
Guerra civil ou guerrilha – Conflito em que grupos armados ambicionam derrubar o governo de um determinado país. Um dos mais expressivos são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que controlam uma área desmilitarizada de 42 mil km2 na nação. Em Angola e Serra Leoa, os guerrilheiros da União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) e da Frente Revolucionária Unida (FRU) intensificam, respectivamente, a luta contra o governo desses países.
Com o término da Guerra Fria e a conseqüente perda de suporte dos EUA e da URSS, as guerrilhas buscam novas formas de financiar a luta armada. As Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN) mantêm aceso o conflito na Colômbia graças aos recursos obtidos com o tráfico de cocaína e os seqüestros de civis; no Afeganistão, o governo da milícia fundamentalista Taliban é acusado de sustentar-se com um imposto de guerra cobrado dos plantadores e comerciantes de ópio e heroína; enquanto na África a principal fonte de receita para os grupos guerrilheiros é a venda de diamantes extraídos de minas sob seu controle. Com o objetivo de impedir o comércio de diamantes ilegais vindos das zonas de guerra – eles respondem por 10% a 15% da produção mundial -, as maiores empresas do setor anunciam, em meados de 2000, em Antuérpia (Bélgica), a adoção de medidas de controle sobre a origem das pedras.
Separatismo por ocupação estrangeira – Confronto provocado por uma invasão militar externa. Nessa categoria, merece destaque a reivindicação dos palestinos pelo reconhecimento de um Estado independente nos territórios ocupados por Israel em 1967 – Faixa de Gaza e Cisjordânia. O conflito separatista em Timor Leste chega ao fim em 1999, com o reconhecimento da independência desta ex-colônia portuguesa pela Indonésia.
Separatismo no interior de um Estado – Choque entre forças oficiais e movimentos internos – em geral ligados a minorias étnicas ou religiosas – que tem como objetivo a formação de Estados independentes. É o caso da guerrilha separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade), partidária da soberania do País Basco, região encravada entre a Espanha e a França.

Ações Humanitárias

A década de 90 também registra a crescente participação da comunidade internacional em operações de caráter humanitário. Organizações como a Cruz Vermelha e a Médicos sem Fronteiras estão presentes em vários conflitos com o objetivo de dar alívio imediato a populações civis ameaçadas. É cada vez mais importante o papel de entidades como a Anistia Internacional ou a Human Rights Watch, que denunciam a perseguição política e a violação dos direitos humanos por regimes que cometem crimes contra seu próprio povo.
Desde 1948, quando os primeiros “capacetes azuis” são enviados à Palestina, a ONU contabiliza 54 missões de paz – tropas militares que patrulham regiões em guerra ou em processo de pacificação. A grande maioria (41) é autorizada pelo Conselho de Segurança entre 1988 e 2000. Atualmente, 15 missões de paz (num total 37,8 mil militares e policiais) estão em atividade no mundo, cinco delas formadas em 1999 e 2000. Na Iugoslávia, a ONU assume interinamente a administração da província de Kosovo e em Timor Leste é responsável pela preparação da região para a independência.

Tribunais de guerra

A falha ou a omissão dos sistemas judiciários de cada país em punir acusados de crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade leva à formação, na década de 90, de tribunais em Haia, na Holanda (Países Baixos), para julgar os culpados pela limpeza étnica na ex-Iugoslávia (1991-1995); e em Arusha, na Tanzânia, encarregado de punir os responsáveis pelo genocídio de mais de 1 milhão de pessoas em Ruanda (1994).
São os primeiros desde Nüremberg, no qual foram julgados os líderes nazistas após a Segunda Guerra Mundial. Em 1998, representantes de 120 países aprovam o projeto de criação de um Tribunal Penal Internacional Permanente, com sede em Haia. A corte começará a funcionar dentro de um prazo máximo de nove anos, após a ratificação de seu estatuto por pelo menos 60 nações. Sete votam contra – EUA, China, Israel, Índia, Turquia, Filipinas e Sri Lanka – e outras 21 se abstêm.

Situação dos refugiados

Em conseqüência do aumento dos conflitos no mundo, principalmente nos países subdesenvolvidos, o número de refugiados atingiu o recorde de 27 milhões em 1995, em 1999 eram aproximadamente 22,2 milhões de refugiados. Deste total, 11,7 milhões são formalmente reconhecidos como refugiados – indivíduos que estão fora de seu país por temer perseguição racial, étnica, religiosa ou política.
A Ásia é o continente com o maior número de refugiados – 4,8 milhões. Somente a guerra civil no Afeganistão provoca o êxodo de 2,5 milhões de pessoas para o Irã, o Paquistão e a Índia, o maior contingente do mundo. Os ataques dos EUA aumentaram mais ainda o número de refugiados naquela região. Em seguida vêm os iraquianos foragidos em vários países do Oriente Médio desde o fim da Guerra do Golfo (1991), juntamente com os curdos.
Na África, onde há 3,5 milhões de refugiados, a guerra que começa com um acerto de contas entre hutus e tutsis, na região dos Grandes Lagos, causa um dos maiores movimentos de população da história. A maior parte dos ruandeses (mais de 2 milhões) já retornou, porém 519,6 mil burundineses permanecem em nações vizinhas. Conflitos em Serra Leoa, Sudão, Somália e Eritréia também geram grande número de refugiados.
Na Europa, com 2,6 milhões de refugiados, a guerra civil na antiga Iugoslávia (1991-1995) foi a causa do maior êxodo no continente desde a II Guerra Mundial: 3,5 milhões de pessoas. Deste total, a grande maioria já foi repatriada, com exceção de 337,6 mil sérvios da Croácia ainda refugiados na Bósnia-Herzegóvina e na Iugoslávia. Na mesma região da Iugoslávia, especificamente em Kosovo, a perseguição de Slobodan Milosevic aos albaneses daquela região causou a fuga de milhares de refugiados para Albânia e Macedônia. Existem 636 mil refugiados na América do Norte – vindos em sua maioria de países latino-americanos recém-saídos de conflitos internos – 61 mil na América Latina e 64,5 mil na Oceania.

Armamentos no mundo

Atualmente a questão do armamento é muito delicada, os EUA que pregam o desarmamento são o país que tem o maior arsenal de guerra do mundo e são o maior exportador de armas. A Rússia também possui um grande arsenal, mas grande parte dele está virando sucata.
Um dos principais problemas atuais é combater o uso de armas biológicas e atômicas, Paquistão e Índia (inimigos entre si pela disputa da Caxemira) possuem armas atômicas.
Outro problema é a questão do tráfico de armas, estas caem em mãos de organizações criminosas ou ainda organizações terroristas.
Fundamentais para a defesa dos Estados em situação de ameaça externa e interna e estratégicas como instrumentos de dissuasão no cenário internacional, as armas bélicas movimentam um comércio estimado em 53,4 bilhões de dólares em 1999, de acordo com o IISS. Os EUA lideram a exportação mundial de armas, respondendo por 49,1% deste mercado, seguido do Reino Unido (18,7%) e da França (17,6%). O maior importador mundial de armas é a Arábia Saudita (gastos de 6,1 bilhões de dólares), seguida de Taiwan (Formosa) (2,6 bilhões de dólares), que aumenta sua demanda por causa do crescimento das tensões com a China comunista – também uma grande compradora de armas no ano, ao lado da Índia e de alguns países africanos. Os gastos mundiais com defesa em 1999 chegam a 809 bilhões de dólares.
ARMAS NUCLEARES – Os EUA e a Federação Russa são as grandes potências nucleares do planeta, seguidos por França, China e Reino Unido. Os arsenais, porém, vêm diminuindo na última década com a assinatura dos Tratados de Redução de Armas Estratégicas (Start). Índia e Paquistão já realizaram testes com esse tipo de arma. Israel, embora não assuma oficialmente, também é considerado uma potência nuclear. Nos anos 90, Irã e Coréia do Norte chegam bem perto de obter a bomba atômica. Com a desagregação da URSS, cresce o temor de descontrole sobre os arsenais nucleares soviéticos.
MINAS TERRESTRES – Em contraste com os altos preços das armas mais sofisticadas, as minas terrestres são muito baratas – cada unidade custa de 3 a 30 dólares. Sua disseminação pelas zonas de guerra do mundo se tornou um problema grave para as populações civis. A Cruz Vermelha calcula que mais de 110 milhões de minas estejam espalhadas pelo planeta, principalmente em solo africano (Angola, Egito, Moçambique, Somália, Sudão e Eritréia), europeu (Bósnia-Herzegóvina, Croácia e Ucrânia) e asiático (Irã, IraqueAfeganistão, China, Camboja e Vietnã). De acordo com a organização, esses artefatos já mataram ou mutilaram mais de 1 milhão de pessoas. Em Moçambique, Camboja, Bósnia e Croácia, eles continuam fazendo vítimas, apesar do fim dos conflitos, por causa do alto custo do processo de desarmamento.

Estados Unidos e os Conflitos

Não se pode dizer em conflitos mundiais sem mencionar os EUA, que desde a 1ª Guerra Mundialmarca presença em todos.
A luta pela independência norte-americana, no século XVIII, é um marco de afirmação da república e da democracia (no modelo capitalista liberal) no mundo contemporâneo. Ao lado disso, os EUA têm uma história de extermínio dos povos indígenas e de discriminação racial, que atinge em particular os negros descendentes de escravos e os hispânicos de origem latino-americana.
O PIB do país é o maior do mundo. Sozinha, a nação é responsável por mais de um quarto da produção econômica mundial, o que lhe garante posição central no comércio e no sistema financeiro internacionais. Também oferece um elevado padrão de vida à população, com o terceiro mais alto índice de desenvolvimento humano (IDH) – atrás apenas do Canadá e da Noruega – e uma das maiores rendas per capita do mundo. Com base em seu poderio, os EUA atuam em conflitos por todo o planeta.
Por: Fabio Mares dos Anjos

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