Economia Mundial após a Globalização
Administração e Finanças
Economia Mundial após a Globalização, lucratividade, economia capitalista, Globalização da economia, Globalização econômica, as taxas de crescimento dos países ricos.
ECONOMIA MUNDIAL APÓS A GLOBALIZAÇÃO
Nota-se que nos últimos anos do século
XX, inúmeras foram às transações, acontecimento e manifestações
ocorridas no âmbito global. Grandes corporações surgiram, milhares de
dólares foram investidos, novas atividades econômicas e comerciais foram
desenvolvidas, produtos e serviços foram criados e aprimorados, normas e
leis foram necessárias, moedas foram criadas, fusões aconteceram,
monopólios surgiram, dentre variados outros acontecimentos.
Estar no mercado atual pode representar estar frente a um arsenal diversificado de influencia propostas pela globalização.
A economia vive sob permanente avaliação
que é conduzida por uma lógica financeira geral de lucratividade. As
grandes corporações industriais e as organizações financeiras manejam
uma massa de ativos financeiros e de moedas que compõem suas estratégias
de valorização ao lado de seus ativos operacionais. Assim, além das
taxas de retorno nos investimentos produtivos, as taxas de câmbio, as
taxas de juros e os índices de valorização das ações são "parâmetros"
considerados na rentabilidade financeira geral. Num mundo de livre
movimento de capitais e de taxas de câmbio flexíveis, aqueles atores
efetuam movimentos de "poupança financeira", em consonância com suas
expectativas mutáveis, que impactam fortemente os mercados cambiais,
acionários e de crédito em geral, mundo afora.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a
economia capitalista vive uma fase de expansão e enriquecimento. Na
década de 70 e início dos anos 80, essa prosperidade é abalada pela
crise do petróleo, que provoca recessão e inflação nos países do
Primeiro Mundo. Também nos anos 70, desenvolvem-se novos métodos e
técnicas na produção. O processo de automação, robotização e
terceirização aumentam a produtividade e reduz a necessidade de
mão-de-obra.
A informática, a biotecnologia e a
química fina desenvolvem novas matérias-primas artificiais e novas
tecnologias. Mas a contínua incorporação dessa tecnologia de ponta no
processo produtivo exige investimentos pesados. E os equipamentos ficam
obsoletos rapidamente.
O dinheiro dos investimentos começa a
circular para além de fronteiras nacionais, buscando melhores condições
financeiras e maiores mercados. Grandes corporações internacionais
passam a liderar uma nova fase de integração dos mercados mundiais: é a
chamada GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA. A divisão política entre os blocos
soviético e norte-americano modifica-se com o fim da Guerra Fria.
Uma nova ordem econômica estrutura-se em
torno de outros centros de poder: os Estados Unidos, a Europa e o Japão.
Em torno destes centros são organizados os principais blocos econômicos
supranacionais, que facilitam a circulação de mercadorias e de
capitais.
Em 1990, o intercâmbio comercial entre
esses países era de aproximadamente 3 bilhões e meio de dólares. Em 95,
já ultrapassa os dez bilhões. O MERCOSUL vive uma fase inicial de
adequações e ajustes. Mas o comércio entre seus integrantes já demonstra
seu potencial. Os contatos políticos, econômicos e culturais se
intensificam. Hoje se negocia a adesão de outros países da América do
Sul.
Visando ampliar suas atividades
comerciais, já se iniciam contatos políticos com os países da União
Européia para a formação de um superbloco econômico. A integração
econômica entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai já é uma
realidade.
A globalização já não é mais questão de
opção; é inevitável para qualquer país que pretenda o pleno
desenvolvimento econômico, e que queira fazer parte da integração
mundial que está acontecendo para não sofrer prejuízo ou discriminação
por não acompanhar os movimentos internacionais.
Sendo assim, com a crescente busca, por
novos mercados e todos os demais diferentes parâmetros adotados
mundialmente, diversos efeitos econômicos emergiram.
Globalização econômica de 1980 em diante: crescimento, pobreza e distribuição de renda.
Para avaliar como a globalização afetou o
crescimento econômico, a pobreza e a distribuição de renda, reuniram
dados de um grupo de mais de cem países. Eles foram divididos em três
grupos: países ricos, países inseridos no processo de globalização e
países não inseridos na globalização. O critério para diferenciar os
países inseridos na globalização do resto dos países em desenvolvimento,
de 1980 em diante, foi fixado em função de duas variáveis: cortes de
tarifas e aumento do volume de comércio exterior.
Os países inseridos na globalização
tiveram mudanças significativas no volume de comércio exterior em
relação ao Produto Interno Bruto, passando de 16% para 32% nos últimos
vinte anos. Como elemento de comparação, nos países ricos esse aumento
foi de 29% para 50%. Ao mesmo tempo os países inseridos na globalização
reduziram as suas tarifas em 22 pontos percentuais (de 57% para 35%). Os
países inseridos na globalização representam metade da população
mundial, ou seja, mais de três bilhões de pessoas. Dentre eles se
encontram China, Índia, Brasil, México e Argentina.
As conclusões do estudo mostram que
“enquanto as taxas de crescimento dos países ricos declinaram nas
décadas passadas, as taxas de crescimento dos globalizadores têm seguido
o caminho inverso, acelerando-se dos anos 70 para os 80 e 90. O resto
do mundo em desenvolvimento, por outro lado, seguiu o mesmo caminho que
os países ricos: desaceleração do crescimento dos anos 70 para os 80 e
90. Nos anos 90 os países inseridos na globalização tiveram um
crescimento per capita de 5% ao ano; os países ricos cresceram a 2,2%
per capita e os países não inseridos cresceram apenas 1,4%. Ou seja, a
distância entre países ricos e em desenvolvimento declinou nas duas
últimas décadas em relação aos países inseridos na globalização e
aumentou para aqueles países não inseridos no processo.
O estudo sugere também que a taxa de inflação dos países com maior abertura para o exterior declinou nas últimas décadas.
Dos anos 80 para os anos 90, a inflação
média desses países passou de 24% ao ano para 12%. A estabilização
monetária deverá contribuir para que a renda dos pobres cresça em torno
de 0,4%. Em função desses resultados, os autores do estudo comentam:
“podemos esperar que uma maior abertura deverá melhorar a vida material
dos pobres.Também sabemos que no curto prazo haverá alguns perdedores
entre os pobres e que a efetiva proteção social pode facilitar a
transição para uma economia mais aberta, de tal maneira que todos os
pobres se beneficiem com o desenvolvimento”.
A globalização econômica – aumento de
comércio exterior e redução de tarifas – favorece o crescimento e a
diminuição da pobreza. O grande desafio da globalização, entretanto,
continua a ser a distribuição de renda entre países e entre pessoas:
“países que reduziram a inflação e expandiram o comércio e viram
acelerar suas taxas de crescimento nos últimos 20 anos não tiveram
mudanças significativas na distribuição de renda”.
Publicado por: luciane back
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