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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PROBLEMAS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




Ana Paula Novais Pires
Claudinário Ramos Bispo
O meio ambiente, sendo caracterizado como uma interligação dos elementos e fatores biológicos, físicos e químicos, naturais e artificiais imprescindíveis à manutenção da vida, começou a ser alterado de forma significativa a partir do surgimento do modo de produção industrial. Este último ocorreu com particular e interessante articulação: o progresso científico, o crescimento da mobilidade pessoal, crescimento urbano, determinando, assim, mudanças sócio-ambientais.
A configuração do espaço atual é caracterizada pela hegemonia do Capitalismo. Este se favorece das bases firmadas pelo Estado para explorar o espaço geográfico numa visão imediatista e intensiva, além de propagar a idéia do consumismo. As questões ambientais começaram a ser mais discutidas nas últimas cinco décadas. A política do desenvolvimento sustentável acabou incorporando metas e projetos de preservação da natureza, propagando debates, movimentos que analisaram o consumismo humano excessivo, suas causas e consequências, o que gera uma reação em cadeia no que tange às questões ambientais. A falta de uma Educação Ambiental é outro agravante e resultado da segregação do globo pelo capitalismo.
A busca de uma melhor qualidade ambiental traz consigo complexidades tanto na teoria quanto na prática. Num primeiro momento, pode-se dizer que os debates e as idéias ambientalistas geralmente estão intrínsecos ao modismo propagado pelos meios de comunicação. Num segundo momento, percebe-se que a execução de projetos embasados na política do desenvolvimento sustentável falseada degrada ainda mais o meio ambiente. Por exemplo, nem sempre um projeto para reflorestamento visa uma biostasia de um ecossistema ou um bioma. É o que as grandes empresas procuram executar, projetos com selos verdes, mas obscuros no tocante às reais preocupações com o meio ambiente.
Nem sempre os impactos ambientais são promovidos pelas causas reconhecidas pelos órgãos ambientalistas. Para alcançar o desenvolvimento sustentável é preciso conhecer as implicações da qualidade, grandeza e dinâmica dos elementos naturais, tais como da topografia, os recursos hídricos, do potencial dos solos e do clima. No entanto, as complexidades no extrato geográfico, bem como o mistério da dinâmica natureza, implicam tratar e conhecer o ambiente como algo pronto e acabado, que por sua vez cria limite ao desenvolvimento sustentável.
O homem deve buscar uma preservação ambiental via técnicas do progresso científico. Isso revela um jogo confuso, pois a degradação ambiental está sendo intensa devido ao progresso técnico-científico, porém o mesmo pode ser o grande responsável de uma melhor qualidade ambiental.
A agricultura, por exemplo, vem incorporando princípios da política do desenvolvimento sustentável. A agricultura de subsistência utiliza técnicas de conservação dos solos, fazendo um cultivo sem insumos. Já o agronegócio minimiza não só o equilíbrio dos solos e das águas, mas também o equilíbrio social, à acessibilidade a terra.
Na agricultura moderna, o cultivo para produção de energia limpa é considerado uma prática do desenvolvimento sustentável. De fato, esse tipo de cultivo contribui na redução de anomalias ambientais, porém também provoca efeitos de degradação da natureza. Dentre esses problemas podemos citar desertificação dos solos, resultado do uso inadequado dos produtos químicos, da “grande monocultura”. Assim, a origem desse impasse leva ao surgimento de outros efeitos como a contaminação dos aqüíferos, poluição dos rios e lagos.
Nota-se que existem catástrofes ambientais sem considerar verdadeiramente suas causas e consequências. Os debates e projetos sobre problemas climáticos são bem propagados pela TV e pela comunidade escolar, no entanto, nem mesmo os cientistas têm comprovações justas sobre tal impasse.
O mundo ainda não percebeu a problemática ambiental, onde as leis ambientalistas estão subordinadas ao sistema econômico que é um “Estado oculto” na mobilidade sócio-cultural e na transformação das paisagens naturais em superficiais. É necessário repensar o modelo de crescimento econômico e desenvolvimento social, árduas tarefas para uma sociedade que já conhece as teorias do desenvolvimento sustentável, mas ainda não se atentam verdadeiramente para questões simples e úteis como as que se referem ao consumo consciente.
Ana Paula Novais Pires é Graduada em Geografia pela Universidade do Estado da Bahia, Campus VI. Pós-graduanda em Análise do Espaço Geográfico na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Claudinádio Ramos Bispo é Graduado em Geografia pela Universidade do Estado da Bahia, campus VI. Pós-graduando em gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável na FATEC – BA.

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