No mês em que a Organização das Nações Unidas (ONU) reúne novamente, dez anos depois, os 191 países que pactuaram em 2000 os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), uma organização mundial disponibiliza uma publicação que pretende contribuir para acelerar a implementação dos ODM. Nesta publicação, o Brasil é citado repetidas vezes como país que tem feito enormes avanços combinando políticas eficazes e investimentos.
Segundo a Oxfam - uma confederação internacional de 14 organizações que trabalham em conjunto com parceiros e colaboradores ao redor do mundo para realizar esta mudança sustentável - para reduzir a fome pela metade até 2015, governos e organismos internacionais devem agir de duas maneiras:
. ou de cuidados de curta duração para pessoas que sofrem de fome, através de programas de nutrição, assistência alimentar e de redes de segurança;
. ou a longo prazo: para fortalecer a resiliência e capacidade, melhorar o funcionamento dos mercados e programas de proteção social.
A Oxfam também recomenda:
. Apoio à reforma da Comissão sobre Segurança Alimentar Mundial (CFS) como o principal fórum para a orientação e coordenação de políticas de ação global para enfrentar a governança global dos alimentos e as causas estruturais da fome e da desnutrição;
. Estabelecimento de um mecanismo de coordenação e de prestação de contas de financiamento global, liderada pelo CSA;
. reconhecimento e reforço do papel essencial das mulheres na segurança alimentar e nutricional;
. regulamentação dos mercados de alimentos internacionais para reduzir a especulação e a volatilidade dos preços;
. priorização das estruturas existentes, evitando a criação de novos mecanismos que fragmentam os esforços contra a fome.
Leia, abaixo, trechos traduzidos que mencionam o Brasil
"... E o Brasil tem feito da luta contra a fome em política de Estado, que promovem a proteção social e apoio à agricultura familiar."
"Nenhuma desculpa serve. Mesmo os países com menos recursos têm mostrado que a fome pode ser reduzida drasticamente com o firme compromisso político e financiamento adequado. Não há nenhuma solução mágica a todos os casos, os caminhos para o sucesso são tão diversos como os contextos em que ocorrem. Mas a experiência de países tão diversos como o Vietnã, Gana, Malawi e no Brasil demonstra a importância de tomar a direção correta política de traduzir o direito a alimentos em ação."
"Entre 1990 e 2005, o número de famintos caiu em 31 dos 71 países que a FAO oferece acompanhamento. Dos 71, há doze que alcançaram a meta dos ODM quanto à fome, e outros como a China e o Brasil estão no bom caminho."
"Os programas de distribuição de alimentos que são fornecidos localmente,
como no caso do Brasil, tem sido os mais bem-sucedidos, um duplo impacto sobre a segurança alimentar e a renda melhoraram para os pequenos produtores."
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