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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

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Os estados que mais perdem água no BrasilVanessa Barbosa / EXAME.com - 21/01/2015 às 18:43

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De cada 100 litros de água coletada e tratada no Brasil, apenas 63 litros chegam sãos e salvos na casa do brasileiro, em média. O restante fica pelo caminho.
É o que mostra os dados recém atualizados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento Básico do Ministério das Cidades. Em 2013, o Brasil perdeu 37% de toda sua água tratada.
Ligações clandestinas, vazamentos, obras mal executadas ou medições incorretas noconsumo de água são as principais causas da perda de faturamento das empresas operadoras e dos estados.
Se o índice assusta, o quadro fica mais tenebroso quando se observa as perdas por estados. Ao todo, 15 unidades federativas têm taxas superiores à média nacional. O caso mais alarmante é o do Amapá, onde as perdas de água tratada chegam a 76%, um desperdício imperdoável para um recurso tão precioso.
Abaixo, os estados que mais perdem água no Brasil:
  1. Amapá
  2. Roraima
  3. Sergipe
  4. Acre
  5. Rio Grande do Norte
  6. Pernambuco
  7. Rondônia
  8. Piauí
  9. Pará
  10. Mato Grosso
  11. Amazonas
  12. Alagoas
  13. Bahia
  14. Maranhão
  15. Rio Grande do Sul
  16. Ceará
  17. Paraíba
  18. Espírito Santo
  19. Tocantins
  20. São Paulo
  21. Santa Catarina
  22. Minas Gerais
  23. Paraná
  24. Mato Grosso do Sul
  25. Rio de Janeiro
  26. Goiás
  27. Distrito Federal
Confira no portal Exame.com todas as informações do ranking de perdas de água por estado.
Foto: sxc.hu/Creative Commons
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Crise da água em SP: especialistas apontam cenários para quando a água acabar e lições a serem tomadas pelo colapso estadualThiago de Araújo, de Brasil Post - 21/01/2015 às 18:16

Promessa de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a falta de água em São Paulo é uma realidade há meses em diversos pontos do Estado. Na semana passada, ele admitiu que há sim racionamento (diante da repercussão, tentou voltar atrás), algo que a população – sobretudo a dos bairros mais carentes – já sabia. O que também já se sabe é que, sim, a água vai mesmo acabar. Se não chegar a zerar, terá níveis baixíssimos que afetarão a vida de todos, a partir de março.
Os especialistas ouvidos pelo Brasil Post viram com bons olhos o fato de que o governo paulista, com atraso, reconheceu o racionamento. Também aprovaram a aplicação de multa contra aqueles que consomem muita água – embora a medida, tardia, devesse ser uma política sempre presente, e não para ‘apagar incêndios’ como agora. Contudo, o cenário que se colocará com a chegada do período de estiagem, entre o fim de março e começo de abril, se estendendo até outubro, vai requerer novos hábitos, seja dos gestores ou da população.
“Quando acabar a água serão interrompidas atividades que não são consideradas essenciais, com cortes para o comércio, para a indústria e o fechamento de locais com muito uso de água, como shoppings, escolas e universidades”, analisou o professorAntonio Carlos Zuffo, especialista na área de recursos hídricos na Unicamp. Parece exagerado, mas não é. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira (21), os seis mananciais que abastecem 20 milhões de pessoas na Grande São Paulo têm registrado déficit de 2,5 bilhões de litros por dia em pleno período no qual deveriam encher para suprir os meses de seca.
Já em 2002, a Saneas, revista da Associação dos Engenheiros da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (AESabesp), publicava um texto no qual apontava uma inegável situação de estresse hídrico”, a qual podia “ter um final trágico, com previsões de escassez crônica em 15 anos”Agência Nacional de Águas (ANA) apontava, na outorga de uso do Sistema Cantareira de 2004, que era preciso diminuir a dependência desse sistema. Em plena crise, na tentativa de renovação em 2014, havia uma tentativa de aumentar, e não diminuir, o uso do Cantareira. Ou seja, algo impraticável e ignorando as previsões. Não, a culpa não é de São Pedro.
“Hoje a situação é muito pior que no ano passado. Em janeiro de 2014 tínhamos 27,2% positivos no Cantareira, hoje temos 23,5% negativos. Ou seja, consumimos 50% do volume nesse período. Mantida a média de consumo, a água acaba no fim de março. É preciso lembrar que janeiro é o mês com maior incidência de chuva em SP, seguido por dezembro. No mês passado, choveu 25% a menos do que a média. Esse mês só choveu 22%, 23% da média. A equação é simples: não vai ter água para todo mundo”, completou Zuffo.
INFORMAÇÃO E TRANSPARÊNCIAPara a ambientalista Malu Ribeiro, da ONG SOS Mata Atlântica, a demora em admitir o óbvio por parte das autoridades trouxe mais prejuízos do que benefícios ao longo dos últimos 13 meses. “A sociedade precisa ter a noção clara da gravidade dessa crise. Quando as autoridades passam certa confiança, como era o caso do governo Alckmin, a tendência é que não se alerte da forma necessária e as pessoas se mantenham em uma situação confortável. Muita gente não acredita na proporção dessa crise, muito se agravou e agora é preciso cautela”, avaliou.
As mudanças na Secretaria de Recursos Hídricos e na presidência da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), com as entradas deBenedito Braga e Jerson Kelman, respectivamente, também foram benéficas, já que colocam em posições estratégicas dois especialistas no tema. Entretanto, isso não basta. A necessidade de discutir a gestão da água sob o âmbito estratégico, algo muito teórico e pouco prático no Brasil, é vista como fundamental em tempos de crise.
“Há ainda muita ocupação em áreas de mananciais, por exemplo. Então vemos que o comportamento, apesar da crise não ser nova, não mudou. Veja em Itu, onde eu moro, onde a crise foi muito pior e, agora que choveu um pouco, as pessoas acham que não precisam mais poupar, que tudo voltou ao normal. O combate ao desperdício deve ser permanente e temos de ter prevenção. É preciso doer no bolso, por isso a multa deve ser permanente”, disse Malu.
“A falta de informação resultou em uma insegurança, sem informar à população sobre o seu papel na crise. A ONU já apontava que a década entre 2010 e 2020 seria da água, e não por acaso, mas no Brasil há uma timidez nesse sentido. É preciso mudar essa cultura de abundância que se tem no Sudeste e desenvolver um plano estratégico, com mais poder aos comitês de bacia. É absurdo o desperdício de água na agricultura, e isso não é discutido. É hora de acordar”, completou a ambientalista.
‘ÁGUA CARA’ VEIO PARA FICARDe acordo com os especialistas, a crise da água expõe também um cenário já esperado, já que a Terra passa por ciclos alternados entre seca e chuvas a cada 30 anos. O atual, iniciado em 2010 e que segue até 2040, será recheado de períodos de seca em regiões populosas, quadro a se inverter apenas daqui a 25 anos. Assim, é preciso mudar hábitos, antes de mais nada. Mesmo em tempos de calor excessivo, há quem ainda não tenha se dado conta disso.
“Muita gente se vê alheia ao problema e, com o calor, acaba correndo para compras piscininhas e usa a água para o lazer. O Carnaval que está chegando também ajuda a tirar o cidadão comum do foco, como ocorreu durante as eleições. Isso não é mais possível. Há a responsabilidade dos gestores, mas também é preciso que o cidadão se atente ao seu papel, sob pena de termos novas ‘cidades mortas’, como no Vale do Paraíba ou no Vale do Jequitinhonha, onde os recursos naturais foram exauridos”, afirmou Malu.
E que ninguém se anime com a promessa da Sabesp de que ainda há uma terceira cota de 41 bilhões de litros do volume morto do Cantareira, cujo uso deve ser solicitado pelo governo paulista junto à ANA nos próximos dias. “Sabemos que 45% do Cantareira que não é captado é volume morto. A terceira cota restante não é toda ela captável. Teríamos com ela mais uns 10%, suficiente só para mais algumas semanas”, comentou Zuffo.
Medidas sugeridas ao longo da crise, o reuso da água e a dessalinização são medidas caras e que dependem de outros aspectos para serem implementadas – e, com o possível racionamento de energia elétrica, podem não sair do papel. Ou seja, não são a solução a curto prazo. O uso de mais água de represas como a Billings (com sua notória poluição) também depende de obras – outro entrave para quem gostaria de não ver a falta de água por dias seguidos se tornar uma realidade por meses a fio. Sem chuva, só há um caminho a seguir.
“Há uma variabilidade cíclica natural, que nada tem a ver com o aquecimento global, mas não temos engenharia para resolver a questão no curto prazo. Temos é que ter inteligência para nos adaptar e reduzir de 250 litros para 150 litros, ou ainda menos, o consumo de água por cada pessoa. Há países europeus em que o uso não passa de 60 litros/pessoa. É preciso usar menos e tratar a água de maneira que ela possa ser reutilizada. Tudo depende de tecnologia e novos hábitos”, concluiu Zuffo.
Foto: wester/Creative Commons/Flickr
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ProTeste vai recorrer contra sobretaxa na conta de águaAgência Brasil - 16/01/2015 às 10:35

A ProTeste Associação de Consumidores informou hoje (15) que vai recorrer à Justiça para tentar barrar a cobrança de sobretaxa na conta de água dos clientes da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). A cobrança chegou a ser proibida por liminar conseguida pela associação, mas voltou a ser autorizada, após decisão do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador José Renato Nalini, ontem (14).
O magistrado considerou que inibir a implantação da tarifa poderia causar prejuízo à saúde pública. “Ninguém sobrevive sem água. A tarifa de contingência obteria economia aproximada de 2.500 litros por segundo, volume capaz de abastecer mais de 2 milhões de consumidores”, afirmou. A decisão revogou a liminar concedida terça-feira (13) pela juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara da Fazenda Pública.
A liminar aceitava a argumentação da ProTeste de que a sobretaxa só poderia ser implementada caso o governo decretasse oficialmente racionamento de água. A tese está baseada no Artigo 46 da Lei 11.445/2007, que diz: “em situação crítica deescassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência”.
“A liminar ajudou o consumidor a ter o seu direito à informação garantido, já que a Sabesp passou a notificar sobre os locais, datas e horários de interrupção do abastecimento”, ressaltou a ProTeste. “Com a atual situação de escassez nosreservatórios, o consumidor está sendo duplamente penalizado, ao pagar mais caro com a geração de energia pelas termelétricas e a multa no consumo de água”, acrescentou o comunicado da entidade.
Ontem (14), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu pela primeira vez que o estado enfrenta racionamento de água. “Racionamento já existe. Quando a Agência Nacional de Águas (ANA) determina que tem de reduzir a vazão do Cantareira, de 33 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 17m3/s, é óbvio que já está em restrição”, disse o governador sobre as medidas, que, segundo ele, estão sendo aplicadas desde a metade do ano passado.
A sobretaxa aprovada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) pode aumentar entre 40% e 100% os valores pagos pelos consumidores atendidos pela Sabesp. A cobrança será feita sempre que o consumo superar a média do gasto registrado entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Se o consumo ultrapassar em até 20% a média do período será considerado para efeito de cálculo um acréscimo de 40%. Acima de 20%, a quantidade calculada terá adicional equivalente ao dobro.
Crédito da foto: wester/Creative Commons/Flickr

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