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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

TEXTO EXTRAÍDO DO PLANETA SUSTENTÁVEL ALIANÇA PELA ÁGUA

Aliança pela Água pede Plano de Emergência para crise hídrica em SPSuzana Camargo - 09/02/2015 às 15:33

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A situação não poderia ser mais crítica. As projeções dos meteorologistas indicam que em fevereiro o indíce de chuvas em São Paulo deverá ser o mesmo ou até menor do que a média histórica. Até o momento, no Sistema Cantareira existe um déficit de chuvas de 30% e no Alto Tietê de 52%.
Com estes números, fica bastante claro perceber que não é mais possível contar com o ciclo de chuvas para solucionar – ou ao menos, diminuir – o problema da falta de água no estado de São Paulo.
Aliança pela Água*, rede formada por mais de 40 entidades da sociedade civil, divulgou hoje (09/02), na capital paulista, o “Chamado à Ação sobre a Crise Hídrica”. O documento defende que o governo do estado, juntamente com administrações municipais e sociedade civil, elabore um Plano de Emergênica e crie uma Força Tarefa para delinear estratégias para lidar com a crise.
Para o movimento, as medidas de mitigação não podem estar restritas somente às ações das concessionárias de abastecimento. A Aliança pela Água exige que haja transparência e diálogo com os diversos setores da sociedade; responsabilidade na divulgação de informações – sobretudo no que se refere a cortes no abastecimento de água –; implementação de regras claras sobre racionamento e fiscalização de preços para comercialização da mesma (caminhões-pipa e água potável engarrafada).
Sobre a Força Tarefa, o documento da rede apresenta cronograma de ações imediatas a serem tomadas e lista órgãos públicos e entidades que devem ser convocados para participar do comitê de trabalho contra a falta de água.
Confira abaixo algumas das medidas sugeridas pelo “Chamado à Ação sobre a Crise Hídrica”:
instalação de sala de situação para produção de cenários e de informações em tempo real sobre condições meteorológicas, situação dos mananciais, resultados obtidos com medidas de redução de consumo e qualidade da água;
- envolvimento de setores de inteligência, monitoramento e controle ambiental da CETESB, DAEE, Vigilância Sanitária, Defesa Civil, ANA, companhias de saneamento e prefeituras;
criação de sala de imprensa com edição de boletins e comunicados oficiais diários sobre a situação da crise e fornecimento de informação de qualidade e prestação de serviços de utilidade pública para a população e setores econômicos;
elaboração de campanhas direcionadas à população sobre ações de redução de oferta de água (locais, horários) e divulgação de canais para atendimento direto e gratuito ao público;
manutenção do abastecimento de água a instituições como hospitais, postos de saúde, centros médicos e odontológicos, laboratórios clínicos, creches e escolas, asilos, bombeiros, entre outros;
discussão e detalhamento de alternativas de médio e longo prazo para garantir a segurança hídrica da região.
A Aliança pela Água ressalta que os alertas sobre a estiagem na capital paulista e nas demais cidades do estado foram completamente ignorados pelas gestões passadas e a atual. Além das mudanças climáticas, que agravam o problema, certamente houve negligência política. Nunca foi elaborado um plano emergencial para a crise hídrica.
O movimento critica ainda o atual esgotamento das reservas de água de São Paulo. “Se medidas como um racionamento organizado e transparente, instalação de sistemas de captação e educação para reuso da água e uma campanha maciça de redução do consumo tivessem sido adotadas aos primeiros indícios da estiagem, a situação agora seria bem menos crítica”, afirma o manifesto.
Por último, o documento sugere que seja realizado pacto social pelo desmatamento zero e recuperação das áreas de mananciais de São Paulo, extremamente importantes para regulação das chuvas. O Sistema Cantareira, por exemplo, possui somente 21,5% da vegetação nativa em seu entorno.
O conteúdo completo do “Chamado à Ação sobre a Crise Hídrica” já está disponível online no site do movimento.
Foto: Ninja Midia/Creative Commons

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