GEOGRAFIA – Área: 903.329,70 km2. Relevo: planalto e chapadas no centro, planície com pântanos a oeste e depressões e planaltos residuais a norte. Ponto mais elevado: serra Manto Cristo (1.118 m). Rios principais: Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri, Cuiabá, São Lourenço das Mortes. Vegetação: cerrado na metade leste, floresta Amazônica a noroeste, pantanal a oeste. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Cuiabá (551.098), Várzea Grande (252.596), Rondonópolis (195.476), Sinop (113.099), Cáceres (87.942), Tangará da Serra (83.431), Sorriso (66.521), Barra do Garças (56.560) e Alta Floresta (49.164) - 2010. Hora local: -1h. Habitante: mato-grossense.
POPULAÇÃO – 3.035.122 (2010). Densidade: 3,36 hab./km2 (2010). Cresc. dem.: 2,4% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 76,8% (2004). Domicílios: 791.678 (2005); Carência habitacional: 98.616 (2006); Acesso à água: 66,5% (2005); Acesso à rede de esgoto: 44,0% (2005). IDH: 0,796 (2009).
SAÚDE – Mortalidade infantil: 19,2 por mil nascimentos (2009). Médicos: 9,1 por 10 mil hab. (2005). Estabelecimentos de saúde: 2.001 (2009). Leitos hospitalares.: 505,8 por habitante (2009).
EDUCAÇÃO – Ensino pré-escolar: 70.921 matrículas (84,24% na rede pública). Ensino fundamental: 509.169 matrículas (91,53% na rede pública). Ensino médio: 145.253 matrículas (90,54% na rede pública) - dados de 2009. Ensino superior: 64.598 matrículas (38,4% na rede pública - 2004. Analfabetismo: 10,2% (2009). Analfabetismo funcional: 24,3% (2004).
GOVERNO – Governador: Sinval da Cunha Barbosa (PMDB). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.940.270 (1,5% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Palácio Paiaguás. Centro Político-Administrativo, Cuiabá. Tels. (65) 613-4100 / 4129. Site do governo: www.mt.gov.br.
ECONOMIA – Participação no PIB nacional: 1,6% (2004). Composição do PIB: agropec.: 40,8%; ind.: 19,0%; serv.: 40,2% (2004). PIB per capita: R$ 17.927 (2008). Export. (US$ 151,6 milhões): soja e derivados (83%), madeiras (5,6%), carnes (4,8%), algodão (3,3%). Import. (US$ 410,2 milhões): fertilizantes (66%), gás natural (23,7%) - 2005. Agências bancárias: 292 (2010). Depósitos em cadernetas depoupança: R$ 2.751,1 milhões (2010).
ENERGIA ELÉTRICA – Geração: 5.474 GWh; consumo: 3.885 GWh (2004).
TELECOMUNICAÇÕES – Telefonia fixa: 533,4 mil linhas (maio/2006); celulares: 1,6 milhões (abril/2006).
CAPITAL – Cuiabá. Habitante: cuiabano ou papa-peixe. Pop.: 551.098 (2010). Automóveis no estado: 523.978 (2010). Jornais diários: 3 (2006). Prefeito: Chico Galindo (PTB). Nº de vereadores: 19 (2012). Data de fundação: 08/04/1719. Distância de Brasília: 1.133 km. Site da prefeitura: www.cuiaba.mt.gov.br.
Fatos históricos:
POPULAÇÃO – 3.035.122 (2010). Densidade: 3,36 hab./km2 (2010). Cresc. dem.: 2,4% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 76,8% (2004). Domicílios: 791.678 (2005); Carência habitacional: 98.616 (2006); Acesso à água: 66,5% (2005); Acesso à rede de esgoto: 44,0% (2005). IDH: 0,796 (2009).
SAÚDE – Mortalidade infantil: 19,2 por mil nascimentos (2009). Médicos: 9,1 por 10 mil hab. (2005). Estabelecimentos de saúde: 2.001 (2009). Leitos hospitalares.: 505,8 por habitante (2009).
EDUCAÇÃO – Ensino pré-escolar: 70.921 matrículas (84,24% na rede pública). Ensino fundamental: 509.169 matrículas (91,53% na rede pública). Ensino médio: 145.253 matrículas (90,54% na rede pública) - dados de 2009. Ensino superior: 64.598 matrículas (38,4% na rede pública - 2004. Analfabetismo: 10,2% (2009). Analfabetismo funcional: 24,3% (2004).
GOVERNO – Governador: Sinval da Cunha Barbosa (PMDB). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.940.270 (1,5% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Palácio Paiaguás. Centro Político-Administrativo, Cuiabá. Tels. (65) 613-4100 / 4129. Site do governo: www.mt.gov.br.
ENERGIA ELÉTRICA – Geração: 5.474 GWh; consumo: 3.885 GWh (2004).
TELECOMUNICAÇÕES – Telefonia fixa: 533,4 mil linhas (maio/2006); celulares: 1,6 milhões (abril/2006).
CAPITAL – Cuiabá. Habitante: cuiabano ou papa-peixe. Pop.: 551.098 (2010). Automóveis no estado: 523.978 (2010). Jornais diários: 3 (2006). Prefeito: Chico Galindo (PTB). Nº de vereadores: 19 (2012). Data de fundação: 08/04/1719. Distância de Brasília: 1.133 km. Site da prefeitura: www.cuiaba.mt.gov.br.
Fatos históricos:
De acordo com o Tratado de Tordesilhas, o atual estado de Mato Grosso, como quase todo o Centro-Oeste e a Região Norte, pertencia à Espanha. Por muito tempo sua exploração se limitou a esporádicas expedições de aventureiros e à atuação de missionários jesuítas espanhóis. Com o bandeirismo no século XVII e a descoberta de ouro no Brasil central no século XVIII, a região é invadida por exploradores. Em 1748 é criada a capitania de Mato Grosso, com sede em Vila Bela, posteriormente transferida para a vila de Cuiabá. Dois anos depois, a região é incorporada ao Brasil pelo Tratado de Madri.
No século XIX, com o declínio da mineração, o empobrecimento e o isolamento da província são inevitáveis. Alguma atividade agrícola e mercantil de subsistência sobrevive nos campos mais férteis do sul. O único meio de transporte até a capital é o navio, numa viagem pelo rio Paraguai. Com a República, esse isolamento vai sendo vencido com a ampliação da rede telegráfica pelo marechal Cândido Rondon, a navegação a vapor e a abertura de algumas estradas precárias. Esse avanço em infraestrutura atrai seringueiros, criadores de gado, exploradores de madeira e de erva-mate para a região.
Separação - Como todo o Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso beneficia-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 40 e 50 e da política de integração nacional dos anos 70. A primeira é baseada principalmente na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e de extrativismo, além dos investimentos em infraestrutura, estradas e hidrelétricas. Com esses recursos, o estado prospera e atrai dezenas de milhares de migrantes. Sua população salta de 430 mil para 1,6 milhão de habitantes entre 1940 e 1970. O governo federal decreta a divisão do estado em 1977, alegando dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade. No norte, menos populoso, mais pobre, sustentado ainda pela agropecuária extensiva e às voltas com graves problemas fundiários, fica Mato Grosso. No sul, mais próspero e mais populoso, é criado o Mato Grosso do Sul.
No século XIX, com o declínio da mineração, o empobrecimento e o isolamento da província são inevitáveis. Alguma atividade agrícola e mercantil de subsistência sobrevive nos campos mais férteis do sul. O único meio de transporte até a capital é o navio, numa viagem pelo rio Paraguai. Com a República, esse isolamento vai sendo vencido com a ampliação da rede telegráfica pelo marechal Cândido Rondon, a navegação a vapor e a abertura de algumas estradas precárias. Esse avanço em infraestrutura atrai seringueiros, criadores de gado, exploradores de madeira e de erva-mate para a região.
Separação - Como todo o Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso beneficia-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 40 e 50 e da política de integração nacional dos anos 70. A primeira é baseada principalmente na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e de extrativismo, além dos investimentos em infraestrutura, estradas e hidrelétricas. Com esses recursos, o estado prospera e atrai dezenas de milhares de migrantes. Sua população salta de 430 mil para 1,6 milhão de habitantes entre 1940 e 1970. O governo federal decreta a divisão do estado em 1977, alegando dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade. No norte, menos populoso, mais pobre, sustentado ainda pela agropecuária extensiva e às voltas com graves problemas fundiários, fica Mato Grosso. No sul, mais próspero e mais populoso, é criado o Mato Grosso do Sul.
O estado de Mato Grosso apresenta relevo pouco acidentado e alterna um conjunto de grandes chapadas, no planalto mato-grossense, com altitudes médias entre 400 e 800 m, e áreas de planície pantaneira, sempre inundadas pelo rio Paraguai e seus afluentes. Três ecossistemas principais estão presentes: o pantanal, o cerrado e a floresta amazônica. O pantanal cobre 10% do estado e abriga quase mil espécies animais, incluindo cerca de 650 tipos de aves aquáticas. A vegetação do cerrado ocupa 40% de Mato Grosso, com altitude média de 600 m, enquanto a floresta Amazônica se estende por metade do estado.
No norte fica o Parque Nacional do Xingu, banhado pelas águas dos rios Araguaia e Xingu. Ali vivem diversas tribos indígenas, que preservam a tradição do Quarup, festa anual realizada em homenagem aos chefes mortos e aos novos líderes. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com 33 mil ha de cânions, cascatas, quedas d'água, cavernas e sítios arqueológicos, com altitude média de 860 m, atrai visitantes de todo o Brasil.
Ameaça ambiental - O desmatamento e as queimadas, provocados por produtores rurais para a abertura de novas áreas de plantio ou de criação de gado, constituem as principais ameaças ao meio ambiente mato-grossense. Entre 1996 e 1999, foram derrubados quase 900 mil ha de floresta, de acordo com o IBAMA. Entre junho e agosto de 1999, quase 40% dos focos de incêndio registrados no país se localizam em Mato Grosso, atingindo 20 mil ha de áreas de conservação ambiental. Como consequência, as nascentes dos principais rios sofrem os efeitos da erosão e do assoreamento causados pela destruição das matas ciliares.
Terceiro maior estado brasileiro, Mato Grosso torna-se um importante polo de imigração nos anos 90. O desenvolvimento da agroindústria, além de trazer novos moradores, faz com que a economia do estado cresça a um ritmo superior à média do país. Entre 1990 e 1996, o PIB mato-grossense aumenta quase 4%, enquanto no mesmo período o crescimento do PIB brasileiro é de 2,8%. Um dos motivos é a política de benefícios fiscais adotada pelo governo estadual em conjunto com a Sudam. Até 2003, as empresas que pretendam instalar-se na região amazônica pagam apenas 25% de imposto de renda. Já o estado parcela em até 30 anos o pagamento do ICMS. No setor agrícola, os produtores de algodão têm um desconto de 75% no ICMS desde 1997, o que contribui para que Mato Grosso se torne líder nacional e responda por quase 41% da produção nacional de algodão.
O rebanho bovino é, atualmente, o maior do país, com 26,064 milhões de cabeças (2007). Ele se concentra no norte e no sudeste do estado, e o manejo dos animais é feito com bom padrão tecnológico.
No norte fica o Parque Nacional do Xingu, banhado pelas águas dos rios Araguaia e Xingu. Ali vivem diversas tribos indígenas, que preservam a tradição do Quarup, festa anual realizada em homenagem aos chefes mortos e aos novos líderes. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com 33 mil ha de cânions, cascatas, quedas d'água, cavernas e sítios arqueológicos, com altitude média de 860 m, atrai visitantes de todo o Brasil.
Ameaça ambiental - O desmatamento e as queimadas, provocados por produtores rurais para a abertura de novas áreas de plantio ou de criação de gado, constituem as principais ameaças ao meio ambiente mato-grossense. Entre 1996 e 1999, foram derrubados quase 900 mil ha de floresta, de acordo com o IBAMA. Entre junho e agosto de 1999, quase 40% dos focos de incêndio registrados no país se localizam em Mato Grosso, atingindo 20 mil ha de áreas de conservação ambiental. Como consequência, as nascentes dos principais rios sofrem os efeitos da erosão e do assoreamento causados pela destruição das matas ciliares.
Terceiro maior estado brasileiro, Mato Grosso torna-se um importante polo de imigração nos anos 90. O desenvolvimento da agroindústria, além de trazer novos moradores, faz com que a economia do estado cresça a um ritmo superior à média do país. Entre 1990 e 1996, o PIB mato-grossense aumenta quase 4%, enquanto no mesmo período o crescimento do PIB brasileiro é de 2,8%. Um dos motivos é a política de benefícios fiscais adotada pelo governo estadual em conjunto com a Sudam. Até 2003, as empresas que pretendam instalar-se na região amazônica pagam apenas 25% de imposto de renda. Já o estado parcela em até 30 anos o pagamento do ICMS. No setor agrícola, os produtores de algodão têm um desconto de 75% no ICMS desde 1997, o que contribui para que Mato Grosso se torne líder nacional e responda por quase 41% da produção nacional de algodão.
O rebanho bovino é, atualmente, o maior do país, com 26,064 milhões de cabeças (2007). Ele se concentra no norte e no sudeste do estado, e o manejo dos animais é feito com bom padrão tecnológico.
Desenvolvimento econômico - Mais de 20 anos após a formação de dois estados, Mato Grosso, que ficou com a região menos rica, apresenta crescimento expressivo. A principal força econômica está na agricultura, cujo crescimento é demonstrado por recordes na produção de soja e de algodão. Desde a divisão, a área plantada aumenta quatro vezes e a produção, 760%. A produtividade média da soja é de 2,8 mil kg por ha, igual à norte-americana e 20% superior à brasileira. A explosão agrícola multiplica o número de cidades: na época da divisão do estado, o norte tinha 38 municípios, hoje conta com 130. Nessas cidades interioranas, a maioria da população veio da Região Sul e impôs seus hábitos, como o chimarrão e o churrasco. Na capital, Cuiabá, a cultura pantaneira continua prevalecendo, apesar de pelo menos metade de seus quase mais de quinhentos mil habitantes ser formada por "forasteiros".
O escoamento da produção agrícola conta com os trens da Ferronorte, cujo primeiro trecho foi inaugurado em agosto de 2000, e com quatro hidrovias, que baratearam o transporte das safras em até 40%.
Entre 2003 e 2004 o estado teve o segundo maior crescimento econômico do país atrás apenas do Amazonas, com crescimento do PIB em 10,3% nesses anos. A agricultura é a maior força impulsionadora de sua economia sendo líder nacional na produção de algodão e soja (35% de toda produção nacional). O município de Sorriso tem a maior área plantada de soja do mundo, com 578 mil hectares (2005).
O escoamento da produção agrícola conta com os trens da Ferronorte, cujo primeiro trecho foi inaugurado em agosto de 2000, e com quatro hidrovias, que baratearam o transporte das safras em até 40%.
Entre 2003 e 2004 o estado teve o segundo maior crescimento econômico do país atrás apenas do Amazonas, com crescimento do PIB em 10,3% nesses anos. A agricultura é a maior força impulsionadora de sua economia sendo líder nacional na produção de algodão e soja (35% de toda produção nacional). O município de Sorriso tem a maior área plantada de soja do mundo, com 578 mil hectares (2005).
O Mato Grosso hoje - Devido ao crescimento econômico propiciado pelas exportações, Mato Grosso tornou-se um dos principais produtores e exportadores de soja do Brasil. Entre os municípios que destacam como exportadores está Rondonópolis, maior exportador do Estado. Entre os 10 municípios mais ricos do Centro-Oeste, 8 são de Mato Grosso, com destaque para Alto Taquari, Campos de Julio e Sapezal, que possuem os três maiores PIBs per capita da mesorregião, e Cuiabá, que é sede de 8 empresas de grande porte, mesma quantidade que Belém e Florianópolis e maior número que em Campo Grande. É um dos maiores estados em relação à exploração de minérios.
A economia da capital, Cuiabá, está concentrada no comércio e na indústria. No comércio, a representatividade é varejista, constituída por casas de gêneros alimentícios, vestuário, eletrodomésticos, de objetos e artigos diversos. O setor industrial é representado, basicamente, pela agroindústria. Muitas indústrias, principalmente aquelas que devem ser mantidas longe das áreas populosas, estão instaladas no Distrito Industrial de Cuiabá (DIICC), criado em 1978. Na agricultura, cultivam-se lavouras de subsistência e hortifrutigranjeiros. O município, com um PIB de 6,67 bilhões de reais em 2005, de acordo com o IBGE, respondeu por 21,99% do total do PIB estadual, ocupando a primeira posição no ranking mas ainda estando a baixo de Campo Grande e Goiânia .
Cuiabá gera boa parte da energia elétrica consumida pelo estado. Próxima ao Distrito Industrial, funciona a Usina Termelétrica de Cuiabá. Concluída em 2002 e abastecida com gás natural boliviano, através de um ramal do Gasoduto Brasil-Bolívia, ela tem potência instalada de 480 MW, respondendo, em 2005, por 23,13% do total da potência instalada do estado.
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