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quarta-feira, 29 de abril de 2015

OS IMPACTOS DO AGRONEGOCIO NO ESTADO DE MATO GROSSO

DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO POPULACIONAL E MEIO AMBIENTE: OS IMPACTOS DO AGRONEGOCIO NO ESTADO DE MATO GROSSO
Flavio Luiz Silva Jorge da Cunha 1, 2 (fljcunha@unemat.br)
(1. Prof. Ms. do Depto de Matemática, Faciex, UNEMAT Cáceres MT; 2. Pós-Graduando do Departamento de Economia da Unicamp)
INTRODUÇÃO:
O processo de desenvolvimento do Estado de Mato Grosso esta vinculado ao crescimento do agronegócio no Brasil. Após a divisão do Estado, em 1977, e, principalmente na ultima década foi grande o seu crescimento econômico, demográfico e, conseqüentemente, de degradação ambiental. Pautado na produção de soja, algodão e da pecuária extensiva o agronegócio tem sido o grande responsável pelo crescimento da renda, do emprego e da economia como um todo. Com isso, aumentaram-se os impactos sobre o meio ambiente, tais como; os desmatamentos, as queimadas, o assoreamento de rios, o uso intensivo de agrotóxicos e o índice de mecanização do campo. A proposta deste trabalho é a adoção de uma das estruturas utilizadas internacionalmente para a avaliação do processo de desenvolvimento e dos seus impactos sobre a economia, a sociedade e o meio ambiente. Optamos por uma estrutura com grande aceitação em nível internacional devido a sua simplicidade, facilidade de uso e a possibilidade de sua aplicação em diferentes níveis escalas e atividades humanas. Conhecida como modelo PER, “pressão-estado-resposta”, se for adaptada às características da região que se quer monitorar pode fornecer informações sobre a complexa cadeia de interações entre a economia, a sociedade e o meio ambiente. Ou seja avaliar os impactos do agronegócio no Mato Grosso, mostrar o seu estágio de desenvolvimento, da população, do estado atual e das perspectivas do uso e preservação dos recursos naturais existentes.
METODOLOGIA:
Foram realizadas as seguintes etapas para a realização do trabalho: na primeira fase foi feita a caracterização da área de estudo; na segunda fase serviu para a atualização de material bibliográfico referente ao uso do modelo “pressão-estado-resposta” na avaliação a sustentabilidade das atividades agropecuárias e foi escolhido o modelo de estrutura para a seleção dos indicadores. Assim, essa fase contou com levantamento bibliográfico tomando como base nas palavras chave: conceito de agronegócio; sustentabilidade e agronegócio e impactos ambientais das atividades agropecuárias. Na fase seguinte, de coleta de dados foram utilizados indicadores já existentes e os dados do IBGE. Em seguida, foi estruturado o modelo PER com os dados coletados anteriormente. Pretendemos, dessa forma, com a montagem do modelo escolhido e com os indicadores relacionados identificar os temas prioritários para o monitoramento dos impactos do agronegócio no Estado de Mato Grosso. Com este trabalho pretendemos dar uma contribuição ao estado das artes sobre o uso do modelo pressão-estado-resposta na avaliação dos impactos de atividades agropecuárias sobre a economia, a sociedade e o meio ambiente.
RESULTADOS:
Como todo o Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso beneficiou-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 40 e 50 e da política de integração nacional dos anos 70. Em 1977 foi feita a divisão do Estado, o novo Mato grosso passou a contar com uma população de 900.000 hab, distribuídos em 903.357,908 km2 dentro de 38 municípios que se multiplicaram em decorrência do processo de colonização adotado a partir da década de 70. Atualmente o estado conta com 139 municípios e a população passou para 2.504.353 hab em 2000. O maior processo migratório ocorreu na década de 1990. As principais culturas que em 1980 ocupavam 1.055.033, ou seja 85,62% das áreas de lavoura do Estado passaram a ocupar, em 2002, 5.311.112 com 95,24% do total da área de lavoura.. A principal força econômica é sem duvida nenhuma o crescimento do agronegócio. Mas, até inicio da década de 1970 não importava a degradação ambiental gerada pelo processo de colonização das áreas de fronteiras agrícolas; podia-se destruir as matas, e o solo podia acabar esgotado e erodido, que havia muito mais terras a ocupar. Assim o uso da terra mostra que ela vem sendo apropriada predominantemente para a pecuária e a agricultura em larga escala. Embora em menor escala também é utilizada por pequenos produtores. Assim, o modelo de ocupação, baseado na grande empresa agropecuária, tem contribuído para o surgimento de uma serie de problemas ambientais.
CONCLUSÕES:
O agronegócio, entendido como o novo modelo de produção agropecuária, voltado para o aumento da produtividade através do uso intensivo de insumos industriais e de inovação tecnológica, é, atualmente, o grande responsável pelo processo de crescimento econômico no Estado de Mato Grosso. Com isso, há uma serie de impactos sobre outros setores da economia, sobre a sociedade e sobre o meio ambiente que precisam ser monitorados. Portanto, uma estrutura metodológica, com indicadores capazes de diagnosticar as alterações resultantes dessas inter-relações, se faz necessária. O enfoque do agronegócio é importante pois, o meio acadêmico, formuladores de política econômica, tomadores de decisão na esfera governamental e privada e institutos de pesquisa, ainda não dispõem de informações atualizadas sobre o seu funcionamento e os seus impactos sobre outros setores. Assim, uma metodologia de avaliação que leva em conta as dimensões da sustentabilidade pode fornecer informações atualizadas sobre esse processo e sinalizar sobre o estágio de desenvolvimento sustentável que se encontra a região em relação às metas e objetivos planejados
Instituição de fomento: Universidade Estado Mato Grosso -UNEMAT
Palavras-chave:  Agronegócio; Sustentabilidade; Modelo pressao-estado-resposta.

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