Conflitos étnicos e religiosos na Nigéria
Tensões entre comunidades no centro do país têm provocado muitas mortes.
Por REDE ANGOLA.
Nigéria[ REUTERS/Stringer ]
No quotidiano na Nigéria, a violência étnico-religiosa continua acesa. O responsável é muitas vezes o grupo terrorista Boko Haram.
Depois dos massacres registados de Terça a Quinta-feira na região de Kabiru, aconteceu novo ataque em Kaduna, no centro do país, segundo o jornal moçambicano Notícias.
Cem pessoas no mínimo foram mortas em ataques a três aldeias no centro da Nigéria, num contexto de fortes tensões entre comunidades da região, disseram ontem autoridades locais.
“Há pelo menos cem corpos provenientes de três aldeias atacadas por homens armados”, declarou à AFP Yakubu Bitiyong, deputado do Estado de Kaduna, onde se registaram os ataques na noite de Sexta-feira.
Segundo relatos de uma testemunha divulgados no diário nigeriano The Punch, a população de Chenshyi foi atacada por cerca de 40 homens armados com pistolas que assassinaram indiscriminadamente os seus habitantes e incendiaram as casas.
Apenas 24 horas antes homens armados de uma etnia muçulmana assaltaram outras populações da mesma região.
Os conflitos étnicos e religiosos são frequentes nesta região da Nigéria, onde morreram milhares de pessoas nos últimos anos.
A luta pela apropriação de recursos naturais entre pastores muçulmanos e agricultores cristãos é uma das principais causas de violência.
Segundo números de um projecto norte-americano sobre a segurança na zona, o “Nigerian Security Tracker”, desde 2011 já morreram cerca de 15 mil pessoas de forma violenta, a maioria delas em assaltos da responsabilidade do grupo terrorista islâmico Boko Haram.
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